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Deathstars - "The Perfect Cult" Review



Os Deathstars são um dos produtos da música pesada para o novo milénio, que surgiu quando o industrial adocicado estava pronto para ser passado para as massas graças a fenómenos comerciais que juntaram pop a guitarras distorcidas - na altura tendo como principal veículo o nu-metal. Tendo lançado o seu terceiro e último álbum em 2009, foram necessários cinco anos para que a banda voltasse com um novo trabalho. Com tanto tempo entre os dois álbuns, tiveram algumas mudanças de formação tendo saído um dos membros fundadores (Bone W. Machine, baterista, ex- Dissection) e um dos guitarristas, sendo que a questão que surge é obrigatoriamente é... o que mudou? Depois de tanto tempo, depois das mudanças de formação.

Não mudou muito, sinceramente. Para muitos, será uma boa notícia porque em equipa que se toca não se mexe e tudo aquilo que distinguiu a banda, todos esses elementos estão aqui presentes. Para esses, que esperam mais uma boa dose de metal gótico de contornos industriais, é exactamente o que têm, sem tirar nem pôr. No entanto, para todos os outros que nunca acharam que este revivalismo da new wave da década de oitenta apoiada em guitarras pesadas fosse interessante o suficiente que justificasse o investimento de tempo, não é desta que os suecos apresentam algo capaz de vos fazer mudar de ideia.

A fórmula é seguida à risca, e malhas como "All The Devil's Toys", "Ghost Reviver" e "Temple Of The Insects" são bons exemplos dessa aposta na continuidade e que embora sejam boas músicas dentro do género que se propõem, não deixa de ficar aquela sensação de que todo este tempo de espera para se ter o que se pode ouvir aqui em "The Perfect Cult"... é demasiado para o resultado final, independentemente do resultado final ser exactamente o que se esperaria da banda. Questões demasiado complexas levantadas por um álbum de música bem simples. Interessante mas pouco empolgante.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira