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Rated X - "Rated X" Review


Já muito falámos aqui do trabalho que a Frontiers tem andado a fazer nos últimos tempos, no que diz respeito ao hard rock, rock fm e heavy metal. A editora italiana tem várias formas de agir, quer seja em lançar álbuns ao vivo e/ou de reunião de bandas com um grande histórico, de apostar em novos valores ou ainda os projectos - normalmente reunir vários nomes sonantes e criar uma banda/projecto. É nessa categoria que se coloca este Rated X, composto por grandes nomes da música pesada. Joe Lynn Turner (ex-Rainbow, ex-Yngwie Malmsteen, ex-Deep Purple, para dizer apenas os mais sonantes) na voz, Tony Franklin (que participou em tudo o que é projectos desde The Firm até os álbuns a solo de Derek Sherinian e David Coverdale) no baixo, Carmine Appice (de mil bandas e artistas, desde Rod Stewart até Ted Nugent, King Cobra e claro, Ozzy Osbourne) na bateria, ficando apenas como desconhecido o guitarrista Karl Cochran, que é a grande surpresa deste trabalho.

"Rated X" é hard rock do início ao fim, sem grandes sobressaltos ou inovações. É um álbum que a velha guarda apreciará imediatamente, sendo que temos aqui as influências óbvias. Influências talvez nem seja o melhor termo já que aquilo que se entende por influências, as bandas que podem ser colocadas nesse lugar, são as bandas onde os experientes músicos já estiveram no seu passado musical extremamente rico. Na parte da composição, as coisas, apesar de serem aquilo que se esperavam, nem sempre correm bem. A balada "You Are The Music" é algo constrangedora e embaraçante embora, as harmonias de guitarra são realmente muito boas. Para compensar, temos temas como "Get Back My Crown", "Lhasa" com uma qualidade inegável.

Encaixando-se perfeitamente no espírito daquilo que a editora oferece e naquilo que os músicos envolvidos costumam fazer, este é um bom projecto de hard rock de outros tempos (ouçam a "Maybe Tonight" e digam lá se não estão de vlta à década de oitenta?) embora fique a sensação, no final da sua mais de uma hora de duração, que não houve nenhum momento realmente marcante, tendo em consideração o histórico dos seus participantes. É certo que a cada audição, o trabalho vai crescendo dentro do ouvinte, mas apesar disso, alguns dos seus ganchos não chegam ao destino. Resta saber se este álbum foi uma coisa do momento ou se realmente vai ter futuro. Bom álbum.

 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira