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Guerra Total - "Cthulhu Zombies & Anti-Cosmic Black Goats" Review



Guerra Total seria um grande nome para uma banda portuguesa ou brasileira, mas não, os Colombianos chegaram primeiro, não há muito tempo. Com uma regularidade impressionante de um disco por ano desde o primeiro álbum em 2010, este álbum de título sugestivo” é já o quarto trabalho. A questão que implora para ser feita e respondida é se a qualidade é tão alta quanto a sua regularidade. Para já, importa dizer que a banda move-se nos meandros do retro thrash primitivo com umas pinceladas black metal a acompanhar, ou seja, uma fórmula teve muita oferta e procura no virar do século, mas que actualmente não é tão popular quanto isso.

Como popularidade nunca foi garantia de qualidade, tem que se analisar  "Cthulhu Zombies & Anti-Cosmic Black Goats" pelo o que é. Depois da intro-ritualística-que-ilustra-uma-possível-missa-negra-ou-sacrifício-ao-chifrudo dispensável do costume (“(Intro) R'lyeh's Bizarre Non-Euclidean Geometry”), “Anti-Cosmic Chaos” mostra-nos aquilo que esperávamos e aquilo que a banda apresentou nos últimos três álbuns. Essa expectativa para alguns será boa enquanto para outros nem por isso. A banda também não se mostrar minimamente preocupada, estando com o foco total em debitar thrash metal cru e primitivo com vocalizações que até podiam estar no um álbum de black metal.

Por muito saturante que este género seja e por muito que já se esteja cansado de ouvir o mesmo álbum ano após ano (no caso específico dos Guerra Total) a verdade é que existem aqui bons momentos que se destacam de todos os restantes e que a banda tem uma real paixão pelo seu som. Onde isso é mais evidente é em temas como ”Iä! Iä! Cthulhu Fhtagn!” (que apesar do título é uma das melhores malha do álbum) e “Nuklear Black Goat” (novamente um grande nome para uma faixa). É um trabalho que não traz nada de novo mas também nunca se propôs a isso, como tal, amantes de thrash com cabras e holocausto nuclear, têm aqui (mais) um prato cheio de blasfémia primitiva.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira