Por vezes ser-se brutalmente honestos poderá causar momentos desagradáveis. A nós e aos outros. Mas por vezes, não há como evitar, por muito que pareça que é intencional. Este é um destes momentos. Prontos? Lá vai. Suicide Silence ganhou visibilidade principalmente devido à morte do seu ex-vocalista. No final da longa discussão que esta declaração possa provocar, é sempre esta afirmação que virá ao de cima. O seu som não é nada que se demarque da imensidão de semelhanças que é o deathcore e até ao trágico evento. Muitas pessoas não sabiam sequer quem eram os Suicide Silence antes da morte de Mitch Lucker.
A banda decidiu-se a não ficar refém do evento e a prosseguir com a sua carreira com um novo vocalista na pele de Hernan Hermida, ex-All Shall Perish. Verdade seja dita, vocalmente, nunca os Suicide Silence estiveram tão brutais, com tanta dinâmica a nível vocal. A nível musical, também existe uma evolução positiva, onde temas como "Control" (com a participação de George "Corpsegrinder" Fisher dos Cannibal Corpse) e "Warrior" conseguem fazer um balanço surpreendente entre todos aqueles lugares comuns do deathcore e aquilo que são os elementos tradicionais do death metal brutal.
Ainda assim, esse balanço ou equilíbrio soa a pouco, soa insuficiente para cativar quem já não aguenta ouvir os mesmos breakdowns de sempre ou os grooves que há catorze anos já enjoavam. É um ponto positivo na evolução da banda mas ainda insuficiente para que a banda possa ser levada mais a sério do que apenas aquele grupo que tinha um vocalista que morreu demasiado novo e que usou os últimos poemas ou frases deixados para trás para ponto de partida para o seu último álbum. A forma da banda começar a notabilizar-se é a sair fora do género onde se vêem confinados. Estes movimentos tímidos, representados em "You Can't Stop Me" não são suficientes.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira
A banda decidiu-se a não ficar refém do evento e a prosseguir com a sua carreira com um novo vocalista na pele de Hernan Hermida, ex-All Shall Perish. Verdade seja dita, vocalmente, nunca os Suicide Silence estiveram tão brutais, com tanta dinâmica a nível vocal. A nível musical, também existe uma evolução positiva, onde temas como "Control" (com a participação de George "Corpsegrinder" Fisher dos Cannibal Corpse) e "Warrior" conseguem fazer um balanço surpreendente entre todos aqueles lugares comuns do deathcore e aquilo que são os elementos tradicionais do death metal brutal.
Ainda assim, esse balanço ou equilíbrio soa a pouco, soa insuficiente para cativar quem já não aguenta ouvir os mesmos breakdowns de sempre ou os grooves que há catorze anos já enjoavam. É um ponto positivo na evolução da banda mas ainda insuficiente para que a banda possa ser levada mais a sério do que apenas aquele grupo que tinha um vocalista que morreu demasiado novo e que usou os últimos poemas ou frases deixados para trás para ponto de partida para o seu último álbum. A forma da banda começar a notabilizar-se é a sair fora do género onde se vêem confinados. Estes movimentos tímidos, representados em "You Can't Stop Me" não são suficientes.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira