Os Eye Of Solitude são uma das propostas mais interessantes da actualidade do doom britânico. Com três álbuns editados, este “Dear Insanity” é um EP composto apenas por uma faixa de cinquenta minutos (50!). O álbum anterior, “Canto III” elevou a fasquia para a banda, pelo que qualquer dos seus lançamentos vem acompanhado por uma certa expectativa pelo seu funeral doom. Esta faixa começa de forma quase ambiente e minimalista mas que aos poucos vai tecendo o seu efeito hipnótico sobre o ouvinte – um efeito que se prolonga até depois dos nove minutos, momento em que entra a distorção em acção. A partir daí, os dois elementos, o ambient e o funeral doom prosseguem lado a lado, fazendo (bom) uso do factor emocional.
Mais ou menos a metade, esse factor emocional é incrementado com a passagem movida apenas a piano e por vocalizações etéreas por cerca de cinco minutos até que voltamos ao funeral doom, mas seguindo esta toada mais melancólica até ao cerca dos trinta e seis minutos, onde novamente fica o piano a solo, numa bonita e triste melodia. Os teclados voltam a ter preponderância até à próxima e final explosão de distorção que é o grande final emotivo. Apesar da sua qualidade evidente – isto para quem aprecia funeral doom – compreende-se que existam aqueles que sintam que este “Dear Insanity” é um tema de dez minutos cinco vezes maior. E até se percebe tal raciocínio já que a progressão do tema é para lá de lenta (para alguma razão se chama funeral doom o estilo) mas há uma beleza inerente que vai sendo construída e da qual é impossível desligar a meio.
Para quem gosta de doom/funeral doom, compreenderá aquilo que estamos a dizer. É como ver um filme como “E Tudo o Vento Levou”, “Ben-Hur” ou “Spartacus”. Na verdade, não tanto, porque os filmes citados são clássicos eternos do cinema, que têm um estatudo de que dificilmente este “Dear Insanity” atingirá. Comparativamente, é como se estivéssemos na presença de um “Wyatt Earp” ou “JFK”. Filmes enormes que se podem tornar algo maçudos mas que quando se começam, tem de ser vistos até ao final.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Mais ou menos a metade, esse factor emocional é incrementado com a passagem movida apenas a piano e por vocalizações etéreas por cerca de cinco minutos até que voltamos ao funeral doom, mas seguindo esta toada mais melancólica até ao cerca dos trinta e seis minutos, onde novamente fica o piano a solo, numa bonita e triste melodia. Os teclados voltam a ter preponderância até à próxima e final explosão de distorção que é o grande final emotivo. Apesar da sua qualidade evidente – isto para quem aprecia funeral doom – compreende-se que existam aqueles que sintam que este “Dear Insanity” é um tema de dez minutos cinco vezes maior. E até se percebe tal raciocínio já que a progressão do tema é para lá de lenta (para alguma razão se chama funeral doom o estilo) mas há uma beleza inerente que vai sendo construída e da qual é impossível desligar a meio.
Para quem gosta de doom/funeral doom, compreenderá aquilo que estamos a dizer. É como ver um filme como “E Tudo o Vento Levou”, “Ben-Hur” ou “Spartacus”. Na verdade, não tanto, porque os filmes citados são clássicos eternos do cinema, que têm um estatudo de que dificilmente este “Dear Insanity” atingirá. Comparativamente, é como se estivéssemos na presença de um “Wyatt Earp” ou “JFK”. Filmes enormes que se podem tornar algo maçudos mas que quando se começam, tem de ser vistos até ao final.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira