O metal sinfónico é um poço sem fundo. Desde que os Epica surgiram - e não sendo a banda holandesa a primeira do género, mas sem dúvida uma das mais emblemáticas e aquelas que mais fiel se manteve ao seu som, sem muitas flutuações em termos estílisticas ou de qualidade - que apareceram uma série de bandas apostadas em conquistar o coração do metaleiro sensível às sonoridades sinfónicas misturadas com o heavy metal. Estes Voices Of Destiny até iniciaram a carreira em 2004 (pouco depois dos Epica), mas o primeiro álbum só surgiu em 2010 e com uma regularidade de lançamentos de dois em dois anos, chegam agora ao terceiro álbum, apresentado uma nova vocalista.
Depois de mencionado o nome de Epica, os nossos leitores já terão o preconceito formado acerca daquilo que podem ouvir aqui e se isso na maior parte das vezes é contraprocedente, aqui faz todo o sentido, porque a associação não é por acaso. Existem uns pormenores electrónicos que nos faz lembrar ondas mais modernas de metalcore como na agressiva "To The Slaughter", mas na maior parte das vezes é no metal sinfónico com a voz melódica e forte de Ada Flechtner que acenta - de vez em quando também temos guturais por parte de Lukas Palme, o teclista, não abusando no entanto do truque da "bela e monstro".
A qualidade sonora deste trabalho impressiona, assim como a banda soa coesa, no entanto as músicas não fogem muito aos lugares comuns que as bandas lideradas por vozes femininas possuiem, a não ser pela abordagem ultra moderna, nomeadamente no que aos riffs de guitarra diz respeito, parecendo muitas vezes mais metalcore sinfónico do que metal, o que poderá significar um problema para quem for mais tradicional. Ainda assim, não é o típico caso de música insonsa e sem punch para captar a atenção. Mesmo na bela balada "At The Edge", onde Ada tem um dueto com Manuella Kraller (conhecida cantora lírica alemã), o momento mais calmo deste trabalho, há uma energia cativante. Não será um trabalho perfeito mas sem dúvida que dará motivos para bastantes audições.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Depois de mencionado o nome de Epica, os nossos leitores já terão o preconceito formado acerca daquilo que podem ouvir aqui e se isso na maior parte das vezes é contraprocedente, aqui faz todo o sentido, porque a associação não é por acaso. Existem uns pormenores electrónicos que nos faz lembrar ondas mais modernas de metalcore como na agressiva "To The Slaughter", mas na maior parte das vezes é no metal sinfónico com a voz melódica e forte de Ada Flechtner que acenta - de vez em quando também temos guturais por parte de Lukas Palme, o teclista, não abusando no entanto do truque da "bela e monstro".
A qualidade sonora deste trabalho impressiona, assim como a banda soa coesa, no entanto as músicas não fogem muito aos lugares comuns que as bandas lideradas por vozes femininas possuiem, a não ser pela abordagem ultra moderna, nomeadamente no que aos riffs de guitarra diz respeito, parecendo muitas vezes mais metalcore sinfónico do que metal, o que poderá significar um problema para quem for mais tradicional. Ainda assim, não é o típico caso de música insonsa e sem punch para captar a atenção. Mesmo na bela balada "At The Edge", onde Ada tem um dueto com Manuella Kraller (conhecida cantora lírica alemã), o momento mais calmo deste trabalho, há uma energia cativante. Não será um trabalho perfeito mas sem dúvida que dará motivos para bastantes audições.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
