"Devourer Of Worlds" é o álbum de estreia do grupo norte-americano Ara e pode-se dizer que pela pequena amostra da "Incunabulum", trata-se de death metal técnico pouco meigo com fortes tendências para ser bruto. Parece redundância, mas é para que fique bem claro de que os norte-americanos não estão para brincadeiras. Ao contrário do que acontece com algumas propostas de death metal técnico, não se tem aqui uma colecção de riffs, licks e acrobacias em geral impossíveis, com o único intuito masturbatório de mostrar as habilidades e capacidades técnicas dos seus músicos. Se "Incunabulum" é curta demais para se ter algo próximo de uma opinião formada, a música que se lhe segue, "Obelisk", já permite ter uma ideia mais exacta do que os Ara são capazes.
Além do óbvio à vontade que os músicos demonstram ter com os seus instrumentos, as músicas são beneficiadas por uma coesão impressionante e por uma produção cristalina que faz com que este seja um álbum de death metal técnico impressionante. Outro ponto bastante positivo é a voz de Adam Bujny, com um gutural bastante profundo e forte, que nem sempre encontra, infelizmente, no death metal. Apesar de ter apenas quarenta e quatro minutos, este trabalho tem na prática a duração de horas, já que obriga a múltiplas audições para que se consiga mitigar a totalidade do que se passe por aqui.
Não é, no entanto, um trabalho perfeito e sem falhas. Os menos abertos a coisas mais experimentais de certeza que esbarrarão em temas como "Insectile Aberration" que se arrastam um pouco até chegarem ao final. Considerando que a banda tem apenas três anos e este é o seu álbum de estreia, chega-se à conclusão que existe aqui muito espaço para crescer e para surpreender ainda mais. Para já, um grande álbum de death metal técnico e uma boa banda a ter em consideração para o futuro.
Nota: 8/10
Além do óbvio à vontade que os músicos demonstram ter com os seus instrumentos, as músicas são beneficiadas por uma coesão impressionante e por uma produção cristalina que faz com que este seja um álbum de death metal técnico impressionante. Outro ponto bastante positivo é a voz de Adam Bujny, com um gutural bastante profundo e forte, que nem sempre encontra, infelizmente, no death metal. Apesar de ter apenas quarenta e quatro minutos, este trabalho tem na prática a duração de horas, já que obriga a múltiplas audições para que se consiga mitigar a totalidade do que se passe por aqui.
Não é, no entanto, um trabalho perfeito e sem falhas. Os menos abertos a coisas mais experimentais de certeza que esbarrarão em temas como "Insectile Aberration" que se arrastam um pouco até chegarem ao final. Considerando que a banda tem apenas três anos e este é o seu álbum de estreia, chega-se à conclusão que existe aqui muito espaço para crescer e para surpreender ainda mais. Para já, um grande álbum de death metal técnico e uma boa banda a ter em consideração para o futuro.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
