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Carach Angren - "This Is No Fairytale" Review


Os mestres do horror holandeses estão de volta. Depois de um bem sucedido “Where The Corpses Sink Forever” e de um silêncio que durou três anos, a banda holandesa de black metal sinfónico regressa para um quarto álbum com mais histórias de terror cheias de classe, desta feita cada canção representa uma história em particular, não havendo um conceito que as abranja a todas, tendo apenas em comum o facto de serem histórias que exploram o fantástico e o macabro. A forte componente teatral e cinematográfica que nos fomos habituados a ouvir por parte da banda holandesa, continua aqui bastante presente, principalmente pelos arranjos orquestrais que nos remetem para os musicais negros realizados por Tim Burton e musicados por Danny Elfman.

A cada álbum que lançam, é impossível não existirem as comparações de sempre com os Cradle Of Filth e com Dimmu Burgir, as grandes entidades do black metal sinfónico da viragem do milénio, mas que há muito tempo não têm sido propriamente impressionantes naquilo que fazem. Não será com este trabalho que os Carach Angren se tornam uma opção ao lugar vago, até porque se no requisito conceptual, os holandeses estão ao nível dos melhores trabalhos por parte dos Cradle Of Filth, a nível musical não se poderá dizer que se seja esmagado por riffs ou melodias marcantes. Também fica a noção de que não é bem esse o seu foco. O resultado de “This Is No Fairytale” , tal como foi nos álbuns anteriores e apesar de este não poder ser um álbum conceptual no verdadeiro sentido da palavra, é medido pelo ambiente geral que o trabalho consegue atingir e esse resultado é bem apreciável.

Temas como “When Crows Tick on Windows”, “Two Flies Flew into a Black Sugar Cobweb” e “Possessed by a Craft of Witchery” são dos que mais se destacam mas o problema deste álbum é que no geral a intensidade dos mesmos parece esmorecer quando comparados com trabalhos anteriores. A banda continua a superar a mediania que o black metal sinfónico se submeteu, mas em vez de um passo em frente, parece ter dado um passo ao lado, onde a efectividade de trabalho como um todo e das faixas individuais não é aquela que se antecipava. Bom trabalho, mas esperava-se mais, muito mais, do que aquilo que se tem.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira