O início javardoso de "From Palaces" parecia um mau momento dos Anaal Nathrakh a tentar tocar versões dos Deathspell Omega, dos seus temas mais desinsperados. A coisa lá se compõe para meio da faixa mas a má impressão deixada permaneceu, mesmo que a níveis mínimos. A cacofonia nem sempre resulta e aquilo que os Imperium Triumph apresenta neste segundo trabalho é o nítido exemplo de quando isso não acontece. Nem tudo é mau, no entanto. O tema título, por exemplo, traz alguma tensão e desconforto de forma brilhante.
Já se falou atrás do nome dos Deathspell Omega e esse é um nome que volta e meia surge aqui, junto com uma certa inspiração jazz que parece ter tomado conta do black metal da banda norte-americana, o que significa que existe fortes dinâmicas, demasiadas para quem não gosta de muita experimentação - basta ouvir um tema como "Dead Heaven" e "Opposing Holiness". E nem sempre a cacofonia caótica surge em forma de blastbeats. Em "Krokodil" há um espírito doom que é opressivo e que vai de encontro ao espírito negro da banda.
Resumindo, isto é um pesadelo para quem não suporta jazz e black metal mas sem dúvida que vai fazer as delícias de quem se gosta de aventurar fora da órbita da terra - para esses, recomenda-se especialmente as faixas finais "Black Psychedelia" e "Metropolis" que deixarão desconcertados até mesmo aqueles que consideram ter as suas percepções escancaradas. Não é um trabalho que se queira ou consiga ouvir todos os dias mas para aqueles que gostam de música desafiante, está aqui um prato cheio.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Já se falou atrás do nome dos Deathspell Omega e esse é um nome que volta e meia surge aqui, junto com uma certa inspiração jazz que parece ter tomado conta do black metal da banda norte-americana, o que significa que existe fortes dinâmicas, demasiadas para quem não gosta de muita experimentação - basta ouvir um tema como "Dead Heaven" e "Opposing Holiness". E nem sempre a cacofonia caótica surge em forma de blastbeats. Em "Krokodil" há um espírito doom que é opressivo e que vai de encontro ao espírito negro da banda.
Resumindo, isto é um pesadelo para quem não suporta jazz e black metal mas sem dúvida que vai fazer as delícias de quem se gosta de aventurar fora da órbita da terra - para esses, recomenda-se especialmente as faixas finais "Black Psychedelia" e "Metropolis" que deixarão desconcertados até mesmo aqueles que consideram ter as suas percepções escancaradas. Não é um trabalho que se queira ou consiga ouvir todos os dias mas para aqueles que gostam de música desafiante, está aqui um prato cheio.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
