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Apophys - "Prime Incursion" Review



O death metal holandês foi grande na década de noventa. Mais que grande, foi gigante. Bandas como Sinister, Gorefest e Pestilence estavam entre as propostas mais excitantes do género a nível mundial, no entanto, conforme o metal (em geral, não só o death metal) recuou para o underground e com muitas bandas a mudarem de estilo ou simplesmente cessarem funções, a Holanda começou a ficar conhecida pelos seus talentos dentro do metal gótico/sinfónio/progressivo. Os Apophys são uma nova banda que chegam agora à estreia e mostram ao mundo de que raça é feita o death metal holandês.

Nova banda não quer necessariamente dizer inexperiente e um grupo que tenha nas suas fileiras membros e ex-membros dos God Dethroned, Detonation, Toxocara e Prostitute Disfigurement assegura que o death metal aqui seja muito bem tratado. “Dimensional Odyssey” é a primeira incursão a esta estreia e revela um death metal poderoso, com um som moderno mas que, estruturalmente, se apresenta como as propostas mais tradicionais, sem grandes assomos técnicos a nível de leads, tirando alguns solos com feeling, mas com um grande cuidado nos seus riffs, com tremolo picking em profusão e também groove frequente e de bom gosto. A banda existe apenas desde 2012 mas a forma como este “Prime Incursion” se apresenta e a dinâmica dos seus temas faz-nos crer que será uma banda a acompanhar.

O facto de ter uma editora por trás do gabarito da Metal Blade também garante alguma qualidade para começar a ficar conhecida, o que ajudará a que temas como “Requiem For The Absurd” e “Ego” não passem despercebido. Para quem está habituado a propostas arrojadas de death metal em que exista uma dose elevada de experimentalismo e/ou músicas ultra técnicas, ainda que existam alguns assomos de modernismos – daqueles que já estamos fartos de ouvir, como as espécies de breakdowns de “The Final Step”. É, portanto, uma proposta que todos os apreciadores de bom death metal (tanto moderno como mais old school) à partida não encontrarão defeitos.

Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira