Depois do EP auto-intitulado de 2013, chega a vez do longa duração do trio suiço conhecido como Ølten que promete apanhar pelo ouvido todos os fanáticos de pós-qualquer-coisa. Para quem não os conhece, basta o malhão gigantesco como "Bözbeg" para deixar bem claro ao que vêm. Com uma sonoridade capaz de destruir uma catedral em pouco tempo, temos guitarras com gravilha suficiente para alcatroar o Alentejo inteiro, uma bateria que soa como abte estacas e um baixo distorcido como não podia deixar de ser. O bónus? É instrumental - à excepção do tema "Gloom" que conta com a participação especial de Thomas Lijedahl.
Em menos de quarenta minutos, é-se transportado por uma série de paisagens que não diferem uma das outras - um dos pecados deste "Mode" - mas que mesmo assim conseguem ter algo que impede que se descole os ouvidos, mesmo depois de findada a audção. Podemos ouvir aqui bandas como The Ocean, Cult Of Luna, Neurosis, entre outros suspeitos do costume, mas a banda não foge à sua identidade já demonstrada no mencionado EP de estreia. Apenas pega nela e mostra algo melhor. Muito melhor.
Não sendo o álbum que se tornará no grande sucesso do dia de amanhã, é um trabalho que todos os apreciadores de boa e pesada música não poderão colocar de parte, ou melhor, não conseguirão, tornando-se algo impossível, pelo menos depois de provado. A referida faixa "Gloom", a única que levou voz, soa exactamente aquilo que esperaríamos se este tipo de música não fosse instrumental. Poderia ser um ponto contra, mas nem por isso deixa de ser um bom momento deste trabalho. Surprenderá todos, principalmente os que não os conheciam.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Em menos de quarenta minutos, é-se transportado por uma série de paisagens que não diferem uma das outras - um dos pecados deste "Mode" - mas que mesmo assim conseguem ter algo que impede que se descole os ouvidos, mesmo depois de findada a audção. Podemos ouvir aqui bandas como The Ocean, Cult Of Luna, Neurosis, entre outros suspeitos do costume, mas a banda não foge à sua identidade já demonstrada no mencionado EP de estreia. Apenas pega nela e mostra algo melhor. Muito melhor.
Não sendo o álbum que se tornará no grande sucesso do dia de amanhã, é um trabalho que todos os apreciadores de boa e pesada música não poderão colocar de parte, ou melhor, não conseguirão, tornando-se algo impossível, pelo menos depois de provado. A referida faixa "Gloom", a única que levou voz, soa exactamente aquilo que esperaríamos se este tipo de música não fosse instrumental. Poderia ser um ponto contra, mas nem por isso deixa de ser um bom momento deste trabalho. Surprenderá todos, principalmente os que não os conheciam.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
