About Me

Whitesnake - "The Purple Album" Review


Com tanta gente a lançar regravações a torto e direito, porque não o senhor David Coverdale fazer o mesmo? Com uma carreira tão ilustre quer nos Whitesnake quer nos Deep Purple, estava mais que na altura de termos versões modernizadas do seu passado, principalmente pela sua passagem pelos Deep Purple, na mítica MK III e IV (aquando da saída de Richard Blackmore para formar os Rainbow e a suas substituição por Tommy Bolin) e, que tantos clássicos do hard rock nos trouxe e acabam por ficar de parte pelos próprios Purple – o que se compreende, já que o vocalista é Ian Gillan, membro da famosa MK II. Assim sendo, temos aqui “The Purple Album”, que vai buscar os melhors dos três trabalhos de Coverdale com os purple, sendo eles “Burn”, “Stormbringer” e “Come Taste The Band”.

Previsivelmente a grande parte das escolhas das música recaem sobre os temas de “Burn” com seis, depois temos “Stormbringer” com cinco e “Come Taste The Band” (de longe o menos inspirado dos três) com apenas duas. No entanto, o que é notável, é que todas as músicas soam uniformes, como se tivessem sido todas compostas no mesmo período de tempo. Não existem grandes variações em relação aos originais embora se note que existem algumas variações que acabam por refrescar estes temas que, na sua parte, têm mais de quarenta anos. Este trabalho também marca a entrada do novo guitarrista Joel Hoekstra dos Night Ranger, ele que veio a substituir o grande Doug Aldrich, a soar totalmente integrado.

É impossível não vibrar com os clássicos imortais de “Burn”, “Mistreated”, “Lady Double Dealer” e “Stormbringer”, com os momentos mais calmos mas que continua a soar muito fortes como a “Sail Away” e a “Soldier Of Fortune” e ainda não se surpreender com as músicas que antes quase que passavam despercebidas e com esta nova roupagem ficam completamente bombásticas como a “Lady Double Dealer”, “Lay Down Stay Down” e a “The Gypsy”. Uma homenagem a tempos já idos (e sobre tudo a Jon Lord, que combinou com Coverdale que caso recuperasse do cancro que sofria, que infelizmente não recuperou, iria participar numa reunião da MK III) que não só é válida como é viciante. Extremamente viciante.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira