O nome é estranho e até poderíamos embarcar aqui numa espécie de dissertação em como é cada vez mais difícil arranjar nomes de jeito para bandas, independentemente do estilo. Embarcaríamos se não soubéssemos que este projecto não é mais que uma junção de dois músicos. Jean Beauvoir, ex-vocalista dos dos Voodoo X e Crown Of Thorns (os tais que obrigaram os suecos Crown Of Thorns a mudar de nome para The Crown) e Micki Free, ex guitarrista dos Shamal e também Crown Of Thorns, são os dois músicos que dão a cara e o nome para este projecto. Para quem conhece o seu trabalho, já existem certezas acerca da qualidade expectável. Quem não conhecer e for mais preconceituoso em relação à imagem dos dois (que embora normal na década de oitenta, hoje em dia, este visual de lutador de wrestling é completamente ineficaz) terá uma boa surpresa.
Os Crown Of Thorns, apesar de não terem tido o sucesso esmagador que os seus pares tiveram na década de oitenta, foram sem dúvida uma das bandas de referência no que diz respeito ao bom hard rock e que remaram contra a maré nesse deserto de hard rock que foi a década de noventa. Assim sendo, pode-se esperar por parte deste duo o mesmo tipo de qualidade hard rock que os Crown Of Thorns ainda nos brindaram por alguns anos, logo evidente pelas três primeiras músicas, “Angels Cry”, “Morning After” e o tema título. Obviamente que para apreciar este trabalho, tem que se entrar no devido modo hard rock com pitadas de AOR, mas para quem apreciar umas guitarradas melódicas valentes, tal não é difícil.
A capacidade da dupla para escrever grandes temas, apelativos e feitos para ser entoados pelo público é impressionante – “Shotgun To The Heart” é uma grande malha. E claro, por muito que se ande, por muitas voltas que sejam dadas, em qualquer álbum de hard rock que se preze, temos que ter sempre as baladinhas da ordem, com ou mais azeite. “Just Breathe”, “Never Give Up” e “It’s Never Too Late” até podem ter todas as características necessárias para pertencer àquele grupo de músicas que nos fez ficar fartos do hard rock na década de oitenta, mas são inegavelmente bons temas. É um bom álbum de hard rock, com o selo de qualidade da Frontiers.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Os Crown Of Thorns, apesar de não terem tido o sucesso esmagador que os seus pares tiveram na década de oitenta, foram sem dúvida uma das bandas de referência no que diz respeito ao bom hard rock e que remaram contra a maré nesse deserto de hard rock que foi a década de noventa. Assim sendo, pode-se esperar por parte deste duo o mesmo tipo de qualidade hard rock que os Crown Of Thorns ainda nos brindaram por alguns anos, logo evidente pelas três primeiras músicas, “Angels Cry”, “Morning After” e o tema título. Obviamente que para apreciar este trabalho, tem que se entrar no devido modo hard rock com pitadas de AOR, mas para quem apreciar umas guitarradas melódicas valentes, tal não é difícil.
A capacidade da dupla para escrever grandes temas, apelativos e feitos para ser entoados pelo público é impressionante – “Shotgun To The Heart” é uma grande malha. E claro, por muito que se ande, por muitas voltas que sejam dadas, em qualquer álbum de hard rock que se preze, temos que ter sempre as baladinhas da ordem, com ou mais azeite. “Just Breathe”, “Never Give Up” e “It’s Never Too Late” até podem ter todas as características necessárias para pertencer àquele grupo de músicas que nos fez ficar fartos do hard rock na década de oitenta, mas são inegavelmente bons temas. É um bom álbum de hard rock, com o selo de qualidade da Frontiers.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
