Os Dark Quarterer são mais uma banda italiana histórica da década de oitenta que chega aos nossos dias de hoje com uma vitalidade impressionante. Com um início de carreira a remontar a 1980 (e ignorando a anterior encarnação como Omega R), o primeiro álbum surgiu em 1987 e dava conta de um heavy metal épico mais na linha de Manilla Road. A banda esteve alguns anos em silêncio e quando voltou no novo milénio, o seu som estava bem mais progressivo e é nessa toada que "Ithaca", o sétimo álbum da banda, se apresenta.
Com os temas mais curtos a ultrapassar a marca dos seis minutos, o que temos aqui é uma mistura muito bem conseguida de heavy metal com progressivo. A voz de Gianni Nepi (também baixista e membro fundador da banda) revela-se algo peculiar, o que poderá levar a algum trabalho de habituação extra, para quem não conhece o grupo. É uma espécie de cruzamento entre o art rock britânico típico da década de oitenta com o heavy metal progressivo norte-americano. O ponto de apoio para quem for mais sensível à voz é o instrumental que é simplesmente deslumbrante. O primeiro tema, "The Path Of Life" é de uma beleza e intensidade épicoprogressiva que é impossível não ficar contagiado, principalmente pela sua sequência final.
Como não poderia deixar de ser, todo o esplendor progressivo da banda está ainda reforçado com um conceito que atravessa todo o álbum, apoiado no poema épico de Konstatinos P. Kavafis de 1911 com o mesmo título, que não é mais que uma metáfora para a vida e a forma de como a viver, aproveitando ao máximo todo o seu caminho, sendo ele a própria recompensa e riqueza de tudo. É um trabalho que apesar de impressionar à primeira, consegue continuar a puxar para mais audições, que se sucedem sem qualquer dificuldade. Surpreendente trabalho e surpreendente banda, urgente a conhecer.
Nota: 8.4/10
Com os temas mais curtos a ultrapassar a marca dos seis minutos, o que temos aqui é uma mistura muito bem conseguida de heavy metal com progressivo. A voz de Gianni Nepi (também baixista e membro fundador da banda) revela-se algo peculiar, o que poderá levar a algum trabalho de habituação extra, para quem não conhece o grupo. É uma espécie de cruzamento entre o art rock britânico típico da década de oitenta com o heavy metal progressivo norte-americano. O ponto de apoio para quem for mais sensível à voz é o instrumental que é simplesmente deslumbrante. O primeiro tema, "The Path Of Life" é de uma beleza e intensidade épicoprogressiva que é impossível não ficar contagiado, principalmente pela sua sequência final.
Como não poderia deixar de ser, todo o esplendor progressivo da banda está ainda reforçado com um conceito que atravessa todo o álbum, apoiado no poema épico de Konstatinos P. Kavafis de 1911 com o mesmo título, que não é mais que uma metáfora para a vida e a forma de como a viver, aproveitando ao máximo todo o seu caminho, sendo ele a própria recompensa e riqueza de tudo. É um trabalho que apesar de impressionar à primeira, consegue continuar a puxar para mais audições, que se sucedem sem qualquer dificuldade. Surpreendente trabalho e surpreendente banda, urgente a conhecer.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira