É de homem. Três músicas. Uma hora. É de homem mesmo. A primeira coisa que nos surge na mente é que a pessoa por trás desta one-man-band, o senhor Joe Hawker, ou é um génio ou é um arrogante que não está em contacto com a realidade de forma suficientemente vincada para perceber que não tem talento para tal. Ter apenas três faixas, duas com vinte e cinco minutos e uma com dez, é coisa para ser potencialmente um analgésico de proporções épicas. Felizmente, e logo pela amostra dos primeiros minutos da "Look Upon The Light", fica-se que não há aqui material para colocar o ouvinte a dormir. Agora para viajar, essa já é outra questão.
A forma como cada faixa cresce, usando tanto o peso (mas não muito) do funeral doom, como a melodia do black metal depressivo é sem dúvida que suficiente para deixar qualquer um que goste deste género de música completamente fascinado. Claro que para aqueles que gostam de coisas mais directas, "They Becaame The Falling Ash" poderá ser algo difícil de apreciar, mesmo a segunda faixa, "Desperation Hymn", a tal de dez minutos, que é de longe a mais agressiva das três, embora também seja a menos interessante.
É um trabalho que demora a que seja interiorizado, pelas razões óbvias enunciadas atrás, mas que tem ganchos suficientes para deixar logo o ouvinte preso. E convida a muitas mais audições, como que uma viagem que sabendo que é longa, mesmo assim, insiste-se em fazê-la mais uma vez. E isso, por si só, é o maior elogio que se pode fazer. Pegando nas questões que surgiram no início desta crítica, sem dúvida que Jow Hawker é um génio e "They Become The Falling Ash" a sua obra prima. Grande álbum, em todos os sentidos.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira
A forma como cada faixa cresce, usando tanto o peso (mas não muito) do funeral doom, como a melodia do black metal depressivo é sem dúvida que suficiente para deixar qualquer um que goste deste género de música completamente fascinado. Claro que para aqueles que gostam de coisas mais directas, "They Becaame The Falling Ash" poderá ser algo difícil de apreciar, mesmo a segunda faixa, "Desperation Hymn", a tal de dez minutos, que é de longe a mais agressiva das três, embora também seja a menos interessante.
É um trabalho que demora a que seja interiorizado, pelas razões óbvias enunciadas atrás, mas que tem ganchos suficientes para deixar logo o ouvinte preso. E convida a muitas mais audições, como que uma viagem que sabendo que é longa, mesmo assim, insiste-se em fazê-la mais uma vez. E isso, por si só, é o maior elogio que se pode fazer. Pegando nas questões que surgiram no início desta crítica, sem dúvida que Jow Hawker é um génio e "They Become The Falling Ash" a sua obra prima. Grande álbum, em todos os sentidos.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira
