Já lá vão 20 anos desde que a espada de Tann se mantém erguida em pleno campo de batalha. Após um prolongado descanso deste guerreiro, o batalhão dos Ironsword regressa renovado, com sangue novo, mas perfeitamente sedento de vitórias sendo o seu grito de guerra perfeitamente audível neste 4.º álbum de originais, “None but the Brave”.
A fórmula é simples, tão simples como poderosa, facto que, facilmente, nos transporta para as remotas épocas do Heavy Metal onde tudo parecia e era muito mais místico, em comparação com os actuais tempos. Para quem ainda não os conhece, esta combinação de Manilla Road, Running Wild e Manowar, todos nas suas fases iniciáticas, transforma os Ironsword num gigante do Metal tradicional, não por inovar seja o que for, mas sim, por conseguir catapultar, para o presente, a essência deste estilo de forma respeitosa. Aqui, não só a música fala bem alto, mas também o artwork que a acompanha. Mais uma vez, Victor Costa, que já nos habituou com a sua mestria, assina o fantástico trabalho desta versão metálica de Conan, o Bárbaro.
Abrindo com “Forging the Sword” seguem-se mais 11 temas, em forma de pelotão armado, preparados para a próxima conquista. É sobre a marca desta afirmação que somos invadidos pela certeza de estarmos perante mais um disco raro, feito à moda antiga, com refrões épicos e solos contagiantes, abrilhantados por uma produção forjada no fogo. “None but the Brave” não guarda reféns, nem faz prisioneiros, pois esta obra lança-nos num imparável cavalgar sobre os destroços ósseos dos infiéis do verdadeiro espírito do Heavy Metal!
Review por Pedro Pedra
