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Reportagem: Santa Maria Summer Fest 2015 @ Casa da Cultura, Beja - 12,13 e 14 Junho 2015


Beja estava pronta para dar início a mais uma maratona de concertos de música extrema, no festival que se orgulha de dar um pontapé na crise. É verdade que já não é gratuito como uns anos atrás e que o preço até subiu em relação ao ano passado, mas também é inegável que as condições têm vindo a melhorar de ano para ano. A grande inovação deste ano é de incluir um segundo palco dentro do recinto e que os concertos ocorreram (mais ou menos) intercalados entre os dois palcos. Relembra-se que no ano anterior, existiam dois palcos, mas o segundo estava fora do recinto, com condições nitidamente inferiores e os concertos ocorriam sempre antes do início oficial das hostilidades.Para quem conhece o espaço poderia antever alguns problemas pela solução dos dois palcos mas já lá vamos.

Dia 1 

Cangarra foi a primeira banda ao subir ao palco 2. O duo português composto por Cláudio Fernandes na guitarra e Ricardo Martins na bateria brindou o público que ainda estava a chegar ao recinto com uma única peça de mais de trinta minutos de distorção caótica. Embora distorção e caos sejam coisas que o público do Santa Maria Summer Fest aprecie, ficou a sensação de que a banda tinha apanhado uma nave espacial em direcção a um outro mundo, mas que se esqueceu de levar a assistência consigo. De qualquer forma, é um projecto interessante que vale a pena conhecer para aqueles que gostam de jams psicadélicas e experimentais. Foi no final do primeiro concerto que se sentiu as vantagens dos dois palcos, com o concerto dos Terror Empire a começar cerca de dois minutos depois dos Cangarra terminarem. Mais música e menos tempo de espera. Os Terror Empire testaram as estruturas do palco 1, e ficou provado que se sobrevivem à banda de Coimbra, sobrevivem a tudo. Com um álbum fresquinho às costas, o thrash metal moderno dos Terror Empire impressionou pela coesão e solidez, numa actuação que foi um dos pontos altos deste primeiro dia. Som impecável, tornou perceptível todos os pormenores da sua música, que apesar preencheu as medidas do pouco público ainda presente. A banda não desanimou (na verdade, bem pelo contrário) e o resultado foi um excelente concerto com os temas "Skinned Alive" e "Good Friends Make The Best Enemies" e "Dirty Bomb" foram os grandes destaques de uma actuação praticamente perfeita.

Voltando ao palco 2, estava a detectar-se um padrão de projectos mais experimentais e os Jiboia foram a one man band que reforçou essa convicção de ecletismo que a organização tem vindo aos poucos a tentar inserir nas sonoridades do festival. Som de sintetizador, com batidas pré-programadas que ora ficavam bem, ora nem por isso foi a receita de uma actuação que teve alguns pontos altos, nomeadamente quando o efeito hipnótico pretendido foi atingido, mas esses momentos, infelizmente, não ocorreram muitas vezes. Seguiram-se os Teething, espanhóis donos de um som que tem tanto de hardcore como grindcore, provocaram algum rebuliço em frente ao palco 1, apesar de alguma dificuldades com o som de guitarra. Animação não faltou, com o vocalista a saltar para o meio do público (ainda algo despido) por diversas vezes e a cantar até da bancada - até onde o fio lhe permitiu, forçando que alguns membros do público sentado tivessem que se levantar. Apesar da energia (principalmente por parte do vocalista) a música dos madrilenos não convenceu. No palco 2, teve-se os Vaee Solis, banda nacional que apesar da ser bastante recente, está a impressionar a cada concerto dado. Composto por músicos bastante experientes tais como João Galrito, João Seixas (ambos que iríamos ver noutro contexto neste mesmo dia e noutros do festival), Sofia Loureiro e Filipe Azevedo. Doom metal devidamente enegrecido provocou a viragem estilística para os lados mais negros, algo que até foi bem visto. É de salientar que a banda está cada vez mais entrosada e isso nota-se a cada espectáculo.

Inseridos na mesma tour onde estavam incluídos os Teething e os Despise You, chegaram ao palco 1 os franceses Chiens que provaram que não é preciso muito para se ter grindcore bruto e insano. Guitarra, bateria e uma voz tresloucada (ajudada de vez em quando pelo baterista e pelo guitarrista) a construir micro-descargas de grind/power violence/crust como se não houvesse amanhã. Uma receita que tende a resultar muito bem neste festival. Uma outra receita para o sucesso é o black metal e black metal foi o que se teve no palco 2, ainda que mesclado com death metal. Envolvidos em tanto fumo que até parecia que era o exército do D. Sebastião que estava a chegar ali a Beja, o power trio composto por João Galrito na guitarra e voz, por Deris na guitarra e por Filipe na bateria deixou um rasto de death/black metal imbuído em doom metal num projecto que lançou recentemente a sua estreia discográfica com o EP "Initiation on the Ordeals of Lower Vibrations". Seguiram-se os italianos Sedna, também eles a misturarem o black metal com outro estilo, neste caso o sludge ou algo bastante próximo do pós-metal, com resultados devastadores, no bom sentido claro. Um som hipnótico, que transpirou ambiência e misticismo além de uma boa e saudável dose de chavascal intenso. O único senão foi mesmo a voz, demasiado alta na mistura final, fazendo um contraste indesejável com o resto do som que saia das colunas. Boa banda, são bem vindos a voltar aos nossos palcos.

Da Itália também surgiram os Abaton, também eles donos de um som doom sujo e negro, a conseguir cativar o público em frente ao palco. Foi com este concerto que se verificou uma questão que infelizmente viríamos a verificar mais umas vezes ao longo do festival. Enquanto uma banda estava a tocar, a outra estava a fazer o soundcheck, e os dois sons misturavam-se. Para quem estivesse em frente ao palco, talvez não tenha notado tanto, mas para quem estava num ponto de transição entre os dois palcos, gerava-se uma cacofonia desagradável. A noite estava a chegar ao fim e para último ficaram os Despise You, banda de grindcore/powerviolence dos E.U.A, os Analepsy e os Quinteto Explosivo. Os primeiros revelaram toda a sua potência mas também o seu handicap: uma vocalista monocórdica esganiçada que cada vez que pegava no microfone matava mais um pouco do planeta Terra com poluição sonora. O que foi uma pena, porque musicalmente, e com a outra voz (masculina), tudo corria como desejável. E de vocalista esganiçada do palco 1 passou-se para os pig squeals do palco 2, com os portugueses Analepsy que lançaram recentemente o EP "Dehumanization by Supremacy". Sendo o death brutal/gore uma das vertentes quase sempre presente no festival, é mais uma prova de que quando o género é deixado às bandas nacionais, o resultado é sempre mais satisfatório. Som poderoso e destreza técnica de assinalar, uma das boas actuações da noite.

O encerrar da noite ficaria a cargo dos Quinteto Explosivo, numa actuação bombástica que acabou por ser o momento alto da noite, pelo menos o mais divertido. Sendo difícil de os levar a sério (com membros de Comme Restus, Kalashnikov e Homens da Luta seria difícil o contrário), essa acaba por ser a sua maior arma, e mesmo para quem esperava algo mais sério, impossível ter ficado indiferente à sua boa disposição e parvoíce em geral. Não faltou nada, desde temas de Comme Restus e Kalashnikov a uma cover de Bizarra e Locomotiva, anedotas parvas e até uma sessão de S&M ligeiro levada a cabo por uma espectadora inglesa que dominou por completo o vocalista da banda. Eram já duas da manhã, mas o público resistente saiu bem satisfeito e nem o frio fazia diferença.

Dia 2

Para começar o segundo dia, vieram os Mordaça no palco 2, com um punk/hardcore que foi puxando pela multidão que estava a chegar ao recinto. Som poderoso e atitude a rodos, num dos bons valores nacionais do hardcore. Para algo bastante diferente, foram-nos apresentados os Coat Of Arms, vindos de Adu Dhabi, um dos sete países que compõem os Emirados Árabes Unidos. O seu som era algo genérico, uma espécie de fusão entre metalcore e djent com algumas melodias bem acessíveis. Apesar de não ser algo transcendental, agradou ao público presente. A banda por sua vez mostrou-se bastante grata pela oportunidade de visitar o nosso país pela primeira vez e isso notou-se bem na sua abordagem ao espectáculo. Do palco 2 surgiram os Shoryuken (exacto, o grito de guerra do Ken do jogo clássico Street Fighter), banda de Beja, a tocar na sua própria cidade. O seu som era algo convencional, com tudo aquilo que se espera de uma banda de death/grind/gore: guturais gravíssimos, o samples antes de cada uma da música. O único ponto onde supreenderam foi quando usaram uma dançarina em alguns dos temas. O público aderiu - a banda também estava a jogar em casa - e é o que interessa. Num outro espectro, surgiram os Inquisitor, com o seu thrash metal da velha guarda, com membros de Midnight Priest e Ravensire. O som não estava particularmente brilhante, com alguns pormenores de guitarra a perderem-se. Ainda assim, foi uma boa dose de metal tradicional, onde brilharam temas como "Face The Witch", "Iron Preacher" e "Fulminados pelo Aço" e ainda houve tempo para um novo, "Fortress Of Hell", o seu título, caso os ouvidos não nos tenham atraiçoado.

Marvel Lima é nome para nos apercebermos de que provavelmente se tratará de mais um desvio estilístico do segundo palco. Dito e feito. São uma banda da casa - e aqui tem que se realçar como o Santa Maria Summer Fest, além de valorizar a música portuguesa, tenta sempre valorizar os valores da região. Com um som que vai buscar o melhor que o rock, o jazz de fusão, o psicadélico e o progressivo. Sem dúvida que é um projecto a acompanhar, com um enorme potencial pela frente. Uma das grandes atracções nacionais desta edição foram sem dúvida os Revolution Within. Mereciam mais público e mais tempo de antena, mas mesmo assim, com aquilo que tinham, deram um concertozorro, onde se destacaram temas como "Surrounded By Evil" e a cover do clássico dos Black Sabbath, "Paranoid". que surgiu como forma de comemorar a década de existência dos Revolution Within. A simpatia e humildade da banda de Santa Maria da Feira aliadas ao seu som demolidor. fizeram com que fosse uma das melhores actuações do segundo dia. No palco secundário, teve-se mais um nome de Beja, Paulo Colaço, que iniciou o espectáculo com uma espécie de homenagem lusa ao Jimi Hendrix onde tocou o hino nacional com a sua viola campaniça (viola de Beja). Uma lufada de ar fresco que muitos podem ter aproveitado para jantar mas que mesmo assim fez o seu sentido, com uma actuação.

No início da noite, mais uma atracção internacional, desta feita os italianos Children Of Technology, com a sua fórmula de punk/crust/thrash bastardizado que garantiram bastantes bailaricos em frente ao palco 1. Com a desistência dos Mother Abyss, coube aos The Alchemist repetirem a sua presença nos palcos de Santa Maria Summer Fest depois da edição de 2013. Os Alchemist acabaram por ser uma escolha de recurso inteligente, já que com Deris na guitarra (ele que acompanhava os Infra, Theriomorphic e Corpus Christii) e João Galrito no baixo e voz (também nos Infra e Vaee Solis) e João Seixas na bateria (dos Mother Abyss e Vaee Solis), a formação dos Alchemist estava completa. Não apresentaram nada de novo em relação ao que fizeram dois anos atrás, mas a sua discografia também ainda conta apenas com o EP "Flesh To Be Broken" e a cover dos Celtic Frost "Procreation Of The Wicked" é sempre agradável de se ouvir. De qualquer forma e para solução de recurso, foi um bom concerto. 

Outra das grandes atracções internacional desta edição eram sem dúvidas os The Varukers, que não desiludiram. Punk/hardcore clássico do Reino Unido, a banda demonstrou que mais que ter nome, tem substância a apoiá-lo. Boa disposição, humildade, simpatia e boa onda, numa actuação que nos mostrou mais de trinta anos de história do punk bruto europeu, com os níveis energéticos a impressionarem, onde nem os problemas técnicos foram impedimento para que houvesse boa disposição - como aquela versão improvisada a voz e bateria do "Heartbreak Hotel", enquanto os problemas com a guitarra de Biff obrigaram a uma curta passagem forçada. Por outro lado, os também britânicos Necro Deathmort, trouxeram algo bastante diferente. Da contestação social e política passou-se para desesperança total e apocalíptica, com vários apontamentos de funeral doom, drone, noise e sludge. Perante a bomba que foi o concerto anterior, o mood letárgico acabou por vir a destoar. Apesar disso, o público pareceu ter apreciado. Ainda no palco dois teve-se os Albez Duz, com um doom próximo doom mais próximo do tradicional e que alguma dificuldade em aquecer os resistentes ao avançado da hora e ao frio intenso que se fazia sentir durante a noite de Beja.

Alheios, ou mesmo imunes, ao frio pareciam estar os Midnight Priest que deram aquele que foi o melhor concerto do segundo dia. Repetentes no festival, mas com uma nova formação e com um novo álbum (onde foi mudada a estratégia de cantar em português para cantar em inglês) deu um espectáculo de deixar qualquer fã de heavy metal tradicional completamente rendido. Sem dúvida um dos momentos altos de todo o festival. A acabar em beleza, só mesmo com os Vai-te Foder e com o seu hardcore/crust bruto como mandam as regras da década oitenta. O estilo poderá não ficar novamente na moda como esteve décadas atrás (e o estar na moda também é relativo) mas haverá sempre espaço para bandas como esta e haverá sempre tempo de antena em festivais como o Santa Maria Summer Fest, que apoiam o som extremo que se vai fazendo cá no nosso cantinho. Mais um bom dia (o mais longo de todo o festival) de música extrema, mais uma missão cumprida.

Dia 3

Já no último dia e depois de uma maratona impressionante de concertos, começa-se lentamente a voltar à vida depois dos maus tratos (no bom sentido) dos últimos dois dias com o projecto Mendigo Blues, uma one man ban que nos trouxe diversas sonoridades baseadas tanto no blues, como no folk, fado e até no rock. O pouco público presente pôde apreciar à sonoridade boa onda de mais este projecto da casa. Mais uma vez, serviço público na divulgação dos projectos da região. No segundo palco, começaram as hostilidades mais agrestes, a cargo dos Vikingore, uma espécie de Amon Amarth nuestros hermanos - que mania é esta das bandas espanholas quando vêm a Portugal comunicarem em inglês? - que animaram bem o público mas não conseguiram esconder que ainda lhes falta um pouco para desenvolverem identidade própria. No palco 1 surgiram os alemães Blood Atonement, com o seu thrash metal da velha guarda, sujo como se quer a coisa, no entanto, não teve grande recepção por parte do público, algo apático - fruto do tempo cinzento. A serem também fustigados por algumas questões técnicos, a sua prestação,apesar de não ser propriamente má, também não foi memorável.

Os Equations, do Porto, representaram mais uma virada estilística, com um rock psicadélico boa onda, cheio de influências clássicas, como Camel, Pink Floyd e Yes entre muitos outros. Os únicos problemas da sua actuação foram mesmo o tempo que piorou progressivamente enquanto a mesma decorria e a voz de Bruno Martins soou demasiado estridente. Uma banda a seguir sem dúvida, numa lacuna existente no nosso panorama nacional. A aproveitar a viagem dos Equations, vieram os Killimanjaro que embarcaram numa mini-digressão com a banda do Porto. Já não há grande coisa a dizer do seu rock musculado que já não tenha sido dito anteriormente noutras ocasiões. A banda de Barcelos é um diamante em bruto cá do burgo e cada espectáculo que dá, é mais um momento de magia que partilha com o povo. José disse, aquando do início da sua apresentação e enquanto caía uma forte chuvada - "venham, que assim que começarmos a tocar, a chuva pára". A luz ainda faltou, mas não é que a chuva parou mesmo. Agradecidos ficámos nós e os Theriomorphic que puderam contar com mais pessoas em frente ao palco 2, onde celebravam os dez anos do seu primeiro álbum, o já clássico "Enter The Mighty Theriomorphic". Como tal, o mesmo foi tocado por inteiro e ainda se teve direito a faixa nova na forma da "Absent Light" (finalmente, que isto do jejum purificar não se deve referir às boas bandas de death metal). Infelizmente a actuação da banda ficou um pouco manchada com o mau som das guitarras, onde a guitarra de Deris abafava a de Kaveirinha, além de soar algo estridente. Ainda assim, grande concerto.

De regresso ao nosso país estavam os Northland, depois de uma boa estreia em Vagos três anos atrás. A banda espanhola agarrou o público pelas duas mãos e nunca mais o largou. É certo que o seu folk metal de cariz épico é de fácil contágio ainda para mais em ambiente de festa como é o caso do Santa Maria Summer Fest, mas a forma como a banda e público se conectaram é realmente fora do comum. Houve de tudo, desde oferta de t-shirts para o público, uma mini-wall of death até ao vocalista passar de comunicar de inglês para espanhol (a programação deve ser tal, que de vez em quando lá voltava ao inglês) num concerto de proporções épicas que terá sido, arrisco a dizer, a melhor banda do festival, cruzando prestação e química com o público e a reacção do mesmo. Apesar do seu som genérico, há muito valor na forma como a banda transporta os temas para cima do palco.

A fasquia foi colocada lá em cima, mas nem seria a intenção dos Corpus Christii tentar superá-la, já que o seu universo é bastante diferente. Black metal, do melhor que se faz no nosso país e países arredores, o regresso aos palcos, principalmente após um álbum como "PaleMoon" é sempre de assinalar e a prestação da banda de N.H. foi segura e memorável, conjugando temas da novidade com outros incontornáveis como o "All Hail! (Master Satan)". Sem dúvida, mais um dos momentos altos do festival. Já na recta final, restavam os Warhammer, banda alemã de culto do underground por ter pegado no legado dos Hellhammer e terem editado três álbuns de rajada no final da década de noventa. Para quem não souber sequer quem foram os Hellhammer então esta banda é de evitar. Hellhammer é anti-música e foi um pouco disso que os Warhammer trouxeram, algo que se notava principalmente nos solos de guitarra, que davam a sensação de serem improvisados na hora e nem sempre se tratavam de improvisações felizes. De qualquer forma, e para quem gosta de coisas extremas, este foi um bom culto prestado aos primórdios do género, mesmo que por uma cópia assumida. E por tributo, nem poderia faltar a cover da ordem com a "Third Of The Storms (Evoked Damnation)". A finalizar estiveram os Satanize, trio misterioso de black metal ortodoxo que fustigou sem piedade o público de Santa Maria Summer Fest, com um som algo linear e até banal para encerrar esta (ou qualquer outra) edição do festival.

O balanço final é mais uma vez muito positivo, com a organização a demonstrar como é possível, ao bom espírito português, fazer muito com pouco. É necessário evoluir muito mais, atingir e chegar a mais público mas depois do fim, da perspectiva do espectador (pelo menos com aqueles com quem pudemos conversar) e da Metal Imperium, a meta foi atingida. Sabendo já de antemão que para o ano que vem já se tem a confirmação de Rotting Christ, é de prever e ambicionar esse tal crescimento e evolução. Para já, o Santa Maria Summer Fest já é (como se fosse necessária confirmação) ponto incontornável no panorama dos festivais nacionais de música de peso.

Texto por Fernando Ferreira
Agradecimentos: Santa Maria Summer Fest