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Entrevista aos Diabulus in Musica


A Metal Imperium decidiu entrevistar os Diabulus in Musica, que lançaram recentemente o seu novo single, “Otoi”. Estávamos bastante curiosos para saber mais acerca sobre o novo videoclip já que foi cantado na língua nativa e era bastante simbólico. Fizemos algumas perguntas ao Zuberoa para saber mais detalhes do novo álbum, “Euphonic Entropy”, que será lançado no dia 14 de fevereiro.
Continua a ler para saberes mais!

M.I. - Olá, sou a Sara da Metal Imperium. Antes de mais queria agradecer-vos imenso a oportunidade para fazer esta entrevista.

Olá Sara, sou o Zuberoa, prazer em conhecer-te. Obrigada pela entrevista.


M.I.- Gostaria de começar por te perguntar (e parabenizar) acerca do vosso último single “Otoi”. Reparámos que foi totalmente escrito em Basco e estávamos muito curiosos para saber o que acham acerca disso?

Obrigado! Sim, o single foi totalmente composto em Basco, uma das linguagens oficiais no País Basco, para além do espanhol. O Basco é uma das linguagens Indo Europeias mais antigas e, infelizmente, muita gente não sabe da sua existência, daí a nossa necessidade de mostrar um pouco mais acerca da nossa cultura ancestral. Foi um pouco arriscado já que o público está habituado a este tipo de música cantado em Inglês, mas até agora a receção tem sido bastante boa. Nós achámos que soaria bem cantar esta música numa língua tão antiga já que também ela tem uma componente mais folk e tradicional.


M.I.- Podemos saber mais sobre o videoclip oficial? Reparámos que parecia muito simbólico.

Sim é, fala sobre a ligação aos Deuses antigos da mitologia Basca, os nossos antepassados e a Natureza. É uma espécie de Ode ao dois Deuses principais (Urtzi e Amari), que representam o Céu e a Terra. Também é uma lamentação já que se tem assistido a uma enorme perda da nossa identidade cultural nos últimos anos, devido a várias circunstâncias. O vídeo foi gravado numa casa basca típica do século XVI.


M.I.- O processo de composição de “Otoi” foi mais fácil ou igual às outras músicas? Tendo em conta que Basco é a vossa língua nativa e costumam compor sempre em Inglês.

Para ser completamente honesto, estou mais habituado a compor em Inglês, por isso não foi assim tão fácil. O Basco é uma língua complicada, as palavras são mais longas que em Inglês, para além de terem mais consoantes e declinações. Apesar disso foi extremamente divertido e gostei do resultado.


M.I.- Podemos saber o tempo que demoraram a compor o novo álbum e em estúdio?

É impossível dizer já que não tínhamos tempo para nos sentarmos, somos pais de um menino de 3 anos e uma menina recém-nascida, então tivemos de aproveitar cada momento ao máximo. Tem sido um ano muito intenso, mas estávamos decididos sobre o que queríamos gravar e o que queríamos transmitir com estas canções.


M.I.-  O que nos podem dizer em relação ao vosso novo álbum “Euphonic Entropy”, que será lançado a 14 de Fevereiro?

Estamos muito satisfeitos com o resultado! Eu diria que é o nosso álbum mais pesado, energético e variado. Tentámos explorar novos caminhos. Está mais forte, maduro… Tenho a certeza que os nossos fãs não vão ficar desiludidos!


M.I. - Porquê o nome “Euphonic Entropy” (Entropia Eufónica)?

Refere-se à situação caótica de sermos pais e trabalharmos em música ao mesmo tempo. Fazemos tudo no nosso estúdio, em casa, e os miúdos estão sempre connosco, então, às vezes, trabalhar torna-se muito difícil. Apesar disso e deste ambiente desordeiro, conseguimos escrever e gravar várias músicas que nos deram um resultado eufónico. A dualidade foi sempre representada nos nossos trabalhos e este nome refere-se a isso também.


M.I.- Ouvimos dizer que seria o vosso álbum mais pesado até à data, podemos saber porquê?

Porque o sentimento geral que tivemos quando ouvimos o produto final foi de stress (no bom sentido). Não há muito tempo para relaxar enquanto se ouvem as músicas, salvo uma balada, achamos que isto, no fundo, é o resultado do estado atual da nossa vida. Tudo acontece rapidamente, é difícil arranjar tempo para ti mesmo e o pouco que tivemos aproveitámos para compor. Penso que seja por isso que sentimos que este álbum é tão mais enérgico e pesado que os anteriores.

M.I.- Estão a planear compor mais músicas em Basco? Reparámos que têm feito várias covers em Basco, adoraríamos ouvir mais.

É possível que sim. Já gravámos uma banda sonora completa em Basco para um livro sobre mitologia Basca e adorámos a experiência. Também incluímos algumas frases em Basco desde o nosso primeiro álbum, porque não voltar a fazê-lo? 
De qualquer forma, se o fizermos, será só numa música ou outra, a nossa linguagem principal será, como sempre, o Inglês. Fazer covers em Basco foi uma proposta feita pela nossa editora, para que se mostrasse ao público como soa a língua Basca. Foi divertido!


M.I.- Podemos saber os vossos planos para o futuro? Haverá alguma tournée?

Estamos agora a tentar organizar uma possível tournée europeia. Queremos muito tocar as novas canções ao vivo!


M.I.- Querem deixar uma mensagem aos vossos fãs portugueses?

Sim! Apesar de estarmos tão perto nunca fomos a Portugal, queremos muito ir visitar o vosso lindo país! Muito obrigado pelo vosso apoio!


M.I.- Muito obrigada pelo vosso tempo, mal podemos esperar para ouvir o vosso novo álbum!

Obrigado!! Esperamos que gostem!


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Entrevista de Sara Assunção