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Black Swan - "Shake the World" Review


Há quem diga que "já não se faz música como antigamente" ou que "já não há vozes como antigamente" e bastaria falar, por exemplo, em Scorpions, para lembrar que ainda há bandas de "antigamente" a fazer música. No entanto, um talentoso grupo de veteranos foi reunido para incorporar a voz singular de Robin McAuley num instrumental de grande qualidade. São eles o baixista Jeff Pilson (Dokken), o guitarrista Reb Beach (Whitesnake) e o baterista Matt Starr (Mr. Big).

O início do álbum "Shake The World", que começa precisamente com uma faixa com o mesmo título, acaba por definir a identidade dos Black Swan e o tipo de música que eles gostam e sabem fazer: um Hard Rock enérgico muito bem trabalhado, cozinhado com receita clássica, repleto de refrães "orelhudos" com sobreposição de voz.

"Make It There" é aquela balada do rock "à antiga", como "já não se faz", cantada por uma voz "que já não há", digna de ser um hino memorável dos anos 80 ou 90 (...ou da atualidade?). Pena ser a única num álbum que tem também alguns detalhes mais modernos, como em "Long Road To Nowhere", uma música fresca que (infelizmente) acaba por se afundar num fade out.

Em suma, apesar das composições originais, o álbum de estreia dos Black Swan" acaba por trazer ao mundo mais nostalgia que frescura, tendo em conta que a sonoridade clássica de inegável qualidade das músicas não é uma novidade, mas pode ainda ser o que muitos procuram ouvir.

Nota: 7.4/10

Review por Tiago Sousa