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Entrevista aos Her Chariot Awaits



Os Her Chariot Awaits são uma nova banda que junta Mike Orlando dos Adrenaline Mob e a ex-vocalista dos Sirenia, Aylin. Estivemos à conversa com Aylin, que nos falou um pouco deste novo projeto e sobre o seu mais recente lançamento.

M.I. - Her Chariot Awaits é uma banda que resulta da união artística entre o guitarrista e produtor Mike Orlando (Adreline Mob) e a conceituada ex-vocalista dos Sirenia Ailyn na voz principal. Como surgiu a ideia de formar esta banda? Como é que se juntaram? 

Começou com o Mike, Michael Caplan e a Frontiers. Eles estavam a falar em começar uma nova banda com uma voz feminina. Estavam à procura de uma vocalista feminina e foi então que a Frontiers Records falou com o Mike sobre mim. Quanto ao restante alinhamento, foi o Mike que decidiu. Como é uma banda baseada em Nova Iorque, pensámos que seria mais fácil ter todos a viver na área, então quando necessário, eu sou a única que tem de viajar de mais longe.


M.I. - Qual a diferença entre esta banda quando comparada com as outras bandas onde estiveram envolvidos, tais como os Sirenia e Adrenaline Mob? 

Her Chariot Awaits é muito diferente do que já tinha feito anteriormente com a minha antiga banda, o que acho que é muito bom, porque me forçou a sair da mina zona de conforto e tentar aprender coisas diferentes na minha forma de cantar. Her Chariot Awaits não tem nada a ver com a imagem da “querida princesa gótica” que tinha nos Sirenia. Eu adorei que esta banda me tenha feito explorar mais este meu outro lado, que mostra uma mulher mais forte e agressiva.


M.I. - Vocês são uma banda muito recente e estão a lançar o vosso primeiro álbum, apesar de alguns membros já terem feito parte de outras bandas. Para quem não conhece a banda, o que nos podem dizer sobre vocês? Como é que o nome foi escolhido e o que significa? 

Desde o início que o Mike e eu andávamos a trocar ideias sobre os nomes. Num desses dias, ele disse-me que gostaria de usar um nome com três palavras para a banda. Na verdade, se não estou enganada, penso que Her Chariot Awaits foi um dos primeiros nomes que ele me disse que tinha em mente. O Mike queria basear o nome no lado feminino da banda. Então ele pensou na forma como eu me vestia com os Sirenia, com todo aquele estilo de vestidos de “grande princesa gótica”. Isso deu-lhe a visão de uma bonita e majestosa mulher a entrar numa carruagem para viajar para longe. Penso que podem ver isto como se fosse a minha mudança de um estilo mais sinfónico para um estilo mais rock.


M.I. - Como definem o vosso som?

Eu descrevo o som dos Her Chariot Awaits como uma banda de Hard Rock/Metal. Penso que criámos um álbum que oferece música técnica, agressiva, moderna e pesada que fica no ouvido. 


M.I. - O que inspirou o título do álbum?

Decidimos dar o nome da banda ao álbum, porque a melhor maneira de nos apresentarmos ao mundo é através da nossa música. Uma forma de dizermos a todos: nós somos os Her Chariot Awaits e este é o nosso som, estes somos nós.


M.I. - Como foi o processo de escrita para este álbum? Foi um processo democrático em que todos os membros da banda participaram? 

O processo de escrita deste álbum foi todo feito pelo Mike. Eu ajudei com algumas letras, mas foi tudo basicamente feito por ele. Ele enviou-me as músicas com uma voz guia para eu poder ouvir qual era a ideia que ele tinha para cada música. Trabalhar com ele foi uma excelente experiência, ele é bastante simpático e uma pessoa com quem é fácil trabalhar. Ele deu-me muito apoio durante todo o processo e teve sempre a mente aberta para ouvir alguma ideia ou sugestão que eu tivesse sobre as músicas.


M.I. - “Dead and Gone” foi o vosso primeiro single. “Take me Higher” foi o segundo single e tem um som bastante poderoso. Sobre o que são as músicas? Quem foi o responsável pelas letras? O que vos inspira?  

Dead and Gone foi inspirada na namorada do Mike. Ela escreveu a história e o Mike adaptou-a para fazer uma música. Conta a história na primeira pessoa, do que é sentir-se negligenciado e abandonado por alguém, neste caso, o pai biológico. É sobre as palavras que a personagem, uma mulher, quer expressar para que ele tome consciência de como ela a faz sentir e de alguma forma, colocar um ponto final naquela pessoa na vida dela e ser capaz de seguir em frente.
Take Me Higher é sobre como nós precisamos de encontrar a nossa força interior para continuarmos em frente. Nunca desistir, continuar a lutar, porque dessa forma, evoluimos e tornamo-nos numa melhor versão de nós próprios. Precisamos de aprender com o passado para sermos capazes de superar o futuro e alcançar os nossos desejos. Só falhamos se não tentarmos.


M.I. - O álbum inclui uma cover da K.D. Lang, “Constant Craving”. Como surgiu a ideia de fazer uma cover desta música? São fãs de covers? Têm mais alguma cover planeada?

Quando estávamos a falar no tipo de música que gostaríamos de fazer para os HCA, o Mike disse-me que havia uma música de que ele sempre tinha gostado, então ele enviou-me uma pré-produção da música e eu adorei a forma como ele conseguiu transformá-la numa versão mais obscura e melancólica da música. Eu gosto de ouvir quando outros fazem covers e espero que possamos fazer mais covers no futuro. 


M.I. - Quem pensou no design da capa do álbum? Quem tornou a ideia realidade? 

O Mike tinha uma ideia muito definida e o artista  www.stanwdartworks.com transformou a ideia em perfeição na capa do álbum.  Estamos muito contentes com o resultado, adorámos!!!! 


M.I. - Como é que as diferentes experiências contribuíram para este álbum, uma vez que estiveram noutras bandas antes?

Acho que ter trabalhado com outras bandas ajudou-me a incluir alguns sons dos meus trabalhos anteriores nesta nova banda. Penso que é sempre bom trazer algo diferente a um estilo que faz com que a banda tenha algo que a distingue das outras. 


M.I. - O álbum foi lançado mais tarde do que o esperado por causa do Coronavírus. Até que ponto este vírus vos afetou quer em termos pessoais, quer como músicos? 

O álbum foi lançado mais tarde pela editora, por causa das razões óbvias da pandemia, e claro que entendemos e aceitámos isso. 
Eu estava em Espanha, a visitar a minha família quando o COVID-19 apareceu. O vírus tem sido bastante complicado em Espanha, mas, felizmente para nós, estávamos numa pequena aldeia no topo das montanhas de onde é difícil chegar a qualquer lado. O meu maior problema é que tenho diabetes e asma, então preciso de ter cuidados extra. Como em muitos outros países, fomos forçados a estar confinados durante quase 3 meses, sem qualquer ligação com internet enquanto tínhamos o lançamento do álbum, o que não me permitiu promovê-lo muito nem dar muito apoio ao lançamento do álbum. O lado positivo, é que estando confinada foi o que me fez voltar a tocar piano novamente, algo que tinha parado de fazer há alguns anos, por causa do acidente que tive no trabalho e onde magoei os meus pulsos. 


M.I. - Têm alguma tour planeada para apresentar o álbum, quando voltar a ser seguro voltar à estrada? 

Ainda não temos nenhum plano para uma tour, mas adorávamos começar a sair por aí e estar em palco com os meus companheiros de banda. Eu mal posso esperar por finalmente poder estar em palco e tocar ao vivo com eles. Estamos ansiosos por voltar aos palcos e apresentar os Her Chariot Awaits como deve ser.


M.I. - Têm alguns planos de tocar em Portugal?

Para já, não temos planos para nenhuma tour. Eu adorava tocar em Portugal. Estive aí apenas uma vez e gostaria de ter a oportunidade de voltar. Espero que toda esta situação tenha um fim rápido para podermos começar uma tour para apoiar a banda em pleno.


M.I. - Em que projetos é que os membros da banda estão envolvidos neste momento. Qual é o projeto prioritário agora?? 

O meu projeto prioritário são os HCA, mas entretanto estou também a trabalhar em outras colaborações, mas infelizmente, não posso falar sobre isso ainda. 

M.I. - Queres deixar alguma mensagem especial aos fãs em Portugal? 

Só quero dizer que espero que estejam todos bem e seguros. Por favor, cuidem de vocês nestes tempos loucos que estamos a viver. Envio-vos um enorme obrigada, por todo o apoio que nos têm dado e espero vê-los brevemente em tour (estou a fazer figas!!!)

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Entrevista por Isabel Martins