O que podemos dizer acerca deste novo trabalho? Para aqueles que já estão familiarizados com os Zurrapa, pois bem, este álbum traz mais sete temas (devidamente acompanhados por sete intros), que são isso mesmo: Zurrapa pura e dura. O mesmo é dizer que são temas diretos, curtos, rápidos, sujos, algo como “se gostas porreiro, se não gostas temos pena…”
Para quem não conhece, pode ficar então a saber que a música dos Zurrapa é também divertida e cheia de ritmo, estamos a falar de um estilo denominado Punk´n´Roll, interpretado com muito humor e é dificil ficar sossegado ao ouvir os temas que compõem este novo álbum. Para além das sete introduções presentes, que facilmente farão sorrir qualquer um, temos também temas como “Fui às Putas c´o Teu Pai”, original de Johnny Cash, devidamente adulterado; “Não Tenho Amor Pra Dar” ou “Rosa Grilo é Inocente”, que têm letras que ajudam também à festa. Quanto a este último, podem e devem espreitar o vídeo publicado recentemente.
Como banda Punk que são, os Zurrapa não deixam de colocar o dedo na ferida e a critica social está naturalmente presente, tal como nas músicas: “Sentença de Morte”; “Raiva (A Quanto Me Obrigas)” e “As Toupeiras (Continuam a Escavar)”. As letras dos temas ficaram a cargo de António Fonseca e temos que destacar “Fica em Casa ou Levas nos Cornos”, um produto totalmente Covid 19, gravado em pleno tempo de quarentena e no qual, a casa de cada um dos músicos serviu de estúdio. A qualidade da gravação ressente-se um pouco disso mesmo, mas quem é que se importa? Os fãs da banda já conhecem este tema, mas os Zurrapa entenderam (e muito bem) incluí-lo neste último álbum, em jeito de faixa extra.
Se o “bicho” do Covid teimar em permanecer por mais tempo, nem tudo será negativo. Poderemos sempre contar com mais álbuns dos Zurrapa. Venham eles.
Nota: 8.3/10
Review por António Rodrigues
