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Werewolves - “What a Time to be Alive” Review

Depois da agradável surpresa que foi “The Dead Are Screaming”, álbum de estreia dos Werewolves lançado em 2019, estes australianos regressam em 2021 com o novo “What a Time to be Alive”. Apesar do lançamento ocorrer este ano, este novo trabalho não é fruto da pandemia, ele já se encontrava gravado no início de 2020.

Impedidas de ir para a estrada, muitas bandas optaram por compor e gravar, para dessa forma otimizarem o seu tempo. “What a Time to be Alive” é um álbum pré-pandemia e foge, portanto, a essa tendência. Na verdade, a banda até brinca com o assunto pois, quais Nostradamus, os lançamentos dos seus álbuns têm pressagiado verdadeiras catástrofes. Senão vejamos: O lançamento do primeiro álbum foi seguido de um incêndio que lavrou na Austrália durante meses; após a gravação deste segundo trabalho surge a COVID-19. 

Mas vamos à música. Este trio pratica uma sonoridade que se move dentro do black, death metal, técnico? Bastante agressivos, decidiram neste novo “What a Time to be Alive” escrever letras que exprimissem toda essa raiva e o resultado salta à vista. Temas como: I don´t like you (1º single), They will pay with their own blood e Antisocial (2º single), são apenas alguns dos exemplos.

Os temas estão bem construídos e não deixarão defraudados nenhuns dos admiradores do álbum de estreia da banda. Este “What a Time to be Alive” é um justo seguidor, talvez até demasiado seguidor de “The Dead Are Screaming”. Embora a composição dos temas tenha sido mais simples, tal facto deveu-se a uma opção da banda em não tornar o seu som demasiado complicado, técnico (por isso o meu ponto de interrogação no parágrafo anterior). O resultado final foi um trabalho mais naive do que aconteceu no antecessor, mais descomprometido. Embora pareça não existir uma evolução na sua música, a verdade é que simplesmente ninguém a procurou.

Este novo álbum é composto por nove temas bastante agradáveis, onde curiosamente não existem solos de guitarra. O lançamento está marcado para o próximo dia 29 de janeiro e o terceiro single, Crushgasm acabou de estrear, o que me leva a pensar que 2021 até não está a começar muito mal em termos de lançamentos musicais. 

Nota: 8.5/10

Review por António Rodrigues