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Reportagem: Empty V, Monkey Cage, Lustro @ ADAO, Barreiro - 04.03.2023


Foi uma noite dedicada ao rock a vivida no Adao neste sábado. Três bandas com sonoridades distintas, mas que prometiam muito entretenimento, tinham esse aspeto em comum. De salientar o adiantado da hora, na Adao é assim.

Eram pois 23h15 quando os Lustro subiram ao palco. Eles que até foram uns convidados de última hora, por assim dizer, começaram o seu set com um tema instrumental que teve o condão de aproximar do palco o público que até então se encontrava disperso, nomeadamente na zona circundante do bar. Com um rock que não complica e que é cantado em bom português, a banda mostrou-se muito agradada com esta oportunidade de tocar ao vivo e recuperar algum do tempo perdido devido à pandemia. Quem esteve presente teve ocasião de ouvir alguns temas novos, onde se destaca “Linguagem Corporal”, o novo single da banda. O quarteto terminou a sua atuação com “Vida” e pareceu agradar a quem assistiu.

Com os Monkey Cage o ritmo aumentou consideravelmente. A banda jogava em casa, conforme eles próprios fizeram questão de referir, e para além de temas dos seus dois álbuns, apresentou ainda algumas músicas novas como foi o caso de “Arregaça”. Rock n´roll com algum punk à mistura e com muitos riffs fortes, foram eles a banda que teve mais público a assistir nesta noite e houve mesmo quem pedisse mais. “Complaint”, tema que anda a rodar em força por ser a última aposta da banda, não podia faltar, mas foi com “Be Have” que os Monkey Cage colocaram ponto final na sua atuação de uma hora onde tivemos oportunidade de ouvir umas quantas “malhas”. 

Os Empty V pagaram a fatura de terem começado a tocar tão tarde. Eram 02h00 quando a banda iniciou a sua atuação, hora a que o evento deveria estar a terminar e, talvez por isso, já algum do público havia abandonado o recinto. A atuação da banda esteve irrepreensível, todavia. Com os adereços que lhes são conhecidos, os Empty V arrancaram para um espetáculo que também tinha muito de visual a acrescentar ao seu metal industrial. O álbum Mus-Pri pareceu ser o foco desta atuação, tal o número de temas dele extraídos. A música dos Empty V é difícil de reproduzir ao vivo, não sendo por isso de estranhar que o quarteto recorra a samples e back tracks. O resultado é bom e confere à banda uma sonoridade muito própria. Para os resistentes, aqueles que aguentaram até ao fim, a banda tinha uma surpresa. O último tema da noite foi “Breath”, original dos The Prodigy que deu por finda a atuação da banda de Almada, passava já das 03h00. 

Merecia mais público, este evento. 3 boas bandas nacionais, uma bonita sala, com boa qualidade de som. O único senão, talvez tenha sido mesmo a hora tardia a que teve início.


Texto por António Rodrigues
Fotografia por Tânia Fidalgo
Agradecimentos: Empty V