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Spiralist - “Violent Feathers” Review

Terceiro trabalho de originais para os Spiralist com um álbum que pretende ser mais do que apenas isso: um simples álbum. Com data de lançamento marcada para 23 de maio, vamos perceber o que este Violent Feathers tem para oferecer.

Poderá uma pena ser violenta? Bem, dela faz parte o cálamo e este é de composição rija e pode magoar, principalmente se estiver afiado. Estes 14 temas que compõem este trabalho não vão certamente ferir ninguém, mas são violentos, sim, pelo menos o quanto baste. Podem causar estranheza à primeira audição, mas têm a capacidade de confortar quando mais bem conhecidos, ou seja, não estamos a falar de música para consumo rápido.

Este é mais um álbum a brotar da mente criativa de Bruno Costa que, neste seu projeto, volta à carga com temas onde se podem encontrar metal industrial, rock e elementos eletrónicos que nos podem fazer viajar até à década de 90, sempre num ambiente denso e escuro. Um álbum que conta vivências como se de um livro se tratasse e em que cada música pode ser um capítulo desse mesmo livro, tornando este Violent Feathers bastante biográfico.

Dois dos singles que foram adiantados a este trabalho podem resumi-lo: “God Unknow” é um tema que cria um ambiente suficientemente calmo, capaz de nos fazer relaxar, enquanto “Parasite” nos desperta violentamente, com uma autêntica descarga sonora.

Está de parabéns o Bruno Costa e todos os que ajudaram a construir este álbum. Violent Feathers recomenda-se por estar recheado de música com qualidade, com pormenores preciosos. 14 bons temas que se estendem ao longo de quase uma hora e que são prova da confiança daquilo que os Spiralist têm para oferecer.

Nota: 8.8/10

Review por António Rodrigues