Os Origin estão de volta com onze descargas (bem, na verdade são dez, já que “The Descent” é uma faixa instrumental, sem distorção) de Death Metal bem brutal e técnico, mas bastante variado, sendo que a faixa de abertura, “Expulsion Of Fury”, é um bom exemplo dessa mesma variação. Depois da bomba que foi “Antithesis”, as expectativas estavam bastante altas para o seu sucessor e embora continuem a ser uma… entidade destruidora em forma sonora, os níveis de excelência, que os há em abundância, não conseguem superar os do álbum anterior. Algo que continua a sobressair imediatamente é a apurada técnica, a coesão rítmica, havendo ainda espaço para solos com um feeling diabolicamente metal – ouvir a “Conceiving Death”. Faixas como “Saligia” e “Fornever” são arrasadoras e mesmo assim conseguem injectar aquele quê extra que faz com que a música perdure no tempo, seja pelos solos, seja pelo ritmo com um certo groove mecânico como um metrónomo. E por falar em ritmo, na “Committed”, ele é rei, dominando tudo, tendo inclusivamente a voz a reforçar ainda mais cada batida/descarga.Quando atrás referi variedade, estava a referir-me às inúmeras formas como os rapazes encontram para espancar o ouvinte, sendo que, se por um lado, em “Banishing Illusion” chegam até a usar um certo sentido épico, com aquela entrada triunfal, digna de intro para a chegada do Imperador que vai ordenar a morte de todos; Por outro lado também temos o virtuosismo empregue em “Consequence Of Solution” onde ao longo de sete minutos nos é provado que o death metal brutal dos Origin tem mais que se lhe diga que riffs mirabolantes em trinta segundos. Não, segundo a banda americana, além de terem riffs mirabolantes em sete minutos, também há espaço para leads imprevisíveis, contra-ritmos, e até um ligeiro, muito ténue, cheirinho de ambiências de teclados. Esta variedade é, sem dúvida, o maior argumento deste álbum, que não irá desapontar todos os fãs da banda e de death metal brutal e técnico no geral, evidenciando uma capacidade para ir bem além do óbvio da brutalidade e da técnica. Mesmo estando uns furos abaixo do anterior, “Entity” continua a ter argumentos para ser um dos grandes álbuns do ano no que diz respeito ao género em que se insere.
Nota: 8.2/10

"Entity" track list:
01. Expulsion Of Fury
02. Purgatory
03. Conceiving Death
04. Swarm
05. Saliga
06. The Descent
07. Fornever
08. Committed
09. Banishing Illusion
10. Consequence Of Solution
11. Evolution Of Extinction
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Review por Fernando Ferreira











