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Entrevista aos Solid Spectrum


Os portugueses Solid Spectrum lançaram no princípio do mês o seu primeiro EP, “Spiritual and Carnal”, através da, também nacional, Kenosis Records. Entre assuntos relacionados com a temática do EP e o estado da banda, aqui estão apresentados os Solid Spectrum.


M.I. - O EP "Spiritual and Carnal" ficará marcado como o primeiro lançamento físico da Kenosis Records. Como foi a luta, se é que podemos chamar assim, para encontrar uma editora?

Tudo aconteceu muito naturalmente. Aliás, estávamos a preparar o EP para ser lançado em nome próprio. Nessa altura deparámo-nos com a Kenosis Records que estava a procura de bandas para editar. Houve interesse de ambas as partes e chegámos a acordo. Foi mais uma surpresa do que uma luta.


M.I. - Será o tema "Spiritual and Carnal" uma crítica àqueles que prestam mais atenção à imagem do que propriamente aos valores? Aliás, acho até que todo o EP retrata uma luta entre o espiritual e o carnal.

É um pouco por ai... O EP gira muito em torno de valores. É um observar, sem julgar, de sentimentos ou acções que quebram o verdadeiro sentido da expressão "ser humano". Podendo até ser uma autocrítica. O tema "Spiritual and Carnal" é o que melhor encarna o sentido geral deste trabalho.Começa por falar de barreiras que a sociedade impõe - está tudo muito formatado e pré definido. Por vezes ultrapassar esses limites pode não apresentar retorno. Na fase final do tema é, como referiste, a vaidade como máscara de muitas realidades.


M.I. - Está escrito na press-release que após alguns contratempos, "Spiritual and Carnal" é finalmente lançado em Julho deste ano. Referem-se apenas à substituição de José Lima por Emanuel Machado e à saída do Ricardo Silva ou algo mais? Mesmo assim, o Ricardo contribuiu com a composição da bateria...

Sim. O Ricardo e o Zé pertenciam à banda desde o início. Como tal, as suas saídas influenciaram nos tais contratempos. Quando estávamos prestes a assinar pela editora, o Ricardo (por motivos pessoais) viu-se obrigado a deixar a banda. Neste momento procuramos um substituto, tarefa que se está a revelar um pouco difícil. Mas, basicamente, os contratempos resumiram-se em: Falta de conhecimento em termos da logística que envolve a preparação e lançamento de um projecto desta natureza, falta de experiência e algum atraso na fase de produção.


M.I. - Como foi a vossa parceria com o Guilhermino Martins, no Blind and Lost Studios?

Foi muito positiva, principalmente pelo empenho que o Guilhermino demonstrou (e continua a demonstrar) ao trabalhar connosco. Muito também pela descontracção que nos proporcionou durante todo o processo de gravação.


M.I. - Depois de lançado o EP, segue-se a promoção, suponho eu. O que está planeado para dar a conhecer Solid Spectrum e "Spiritual and Carnal"?

No que toca à promoção o papel da editora está a decorrer, que consiste na divulgação.
O nosso, contudo, está um pouco condicionado devido à falta de baterista. No entanto, se surgir oportunidade vamos apresentar o trabalho, possivelmente novos temas, com músico convidado, tal como fizemos no primeiro concerto pós EP.


M.I. - A concorrência dentro do vosso género de Metal é muito forte em Portugal. O que poderão ter a vosso favor para ganhar força?

É deixar seguir o rumo natural dos acontecimentos e o nosso charme acabará por tocar as pessoas. Agora a sério, estamos numa fase inicial e o som vai acabar por evoluir, não olhando para outras bandas como concorrência.


Entrevista por Diogo Ferreira