Consta que dois anos após o lançamento do seu primeiro álbum, os Stream of Passion sofreram um revés que desencadeou na saída de três dos seus elementos fundadores, sendo que um deles era nem mais nem menos que Arjen Lucassen, brilhante musico holandês responsável por projectos como Ayreon ou Star One, entre outros. Contudo, em 2009 a banda lança The Flame Within e chega-se à conclusão que única coisa que os Stream of Passion perderam foi mesmo protagonismo, afinal de contas, ter Arjen Lucassen nos quadros dá um boost de atenção bastante considerável. Este novo Darker Days, segue a mesma linha do anterior disco, tanto musicalmente como qualitativamente, e basta ouvir faixas como Lost, ou o tema título para comprovar isso.Apesar de contarem como uma vocalista nos seus quadros, e serem portadores de um som algo acessível, desengane-se quem ache que esta é mais uma proposta de pop-metal igual a tantas outras. Ainda que os temas aqui contidos não sejam estruturalmente muito complexos, os SOP conseguem sempre incorporar na sua música diversos pormenores que enriquecem as suas composições. Seja o acordeão logo no inicio de Spark, a capacidade de Marcela se conseguir expressar tanto em inglês como em castelhano, a maneira tão peculiar como os elementos mais sinfónicos são usados, neste caso o piano muitas vezes como elemento condutor da música, ou invés de camadas e camadas de sintetizadores como tentativa de adorno; ou até mesmo um ou outro toque mais progressivo. Estes e outros elementos conferem um certo cariz exótico que permite aos Stream of Passion distanciarem-se da concorrência.
Dramático, envolvente, sincero, e com momentos simplesmente lindos, Darker Days é um disco que vale a pena escutar, nem que seja para admirar os dotes vocais de Marcela Bovio, uma das mais interessantes vocalistas do género.
Nota: 8.7/10
"Darker Days" track list:01 - Lost
02 - Reborn
03 - Collide
04 - The Scarlet Mark
05 - Spark
06 - Our Cause
07 - Darker Days
08 - Broken
09 - This Moment
10 - Closer
11 - The Mirror
12 - Nadie Love
13 - The World is Our
Review por António Antunes
