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Warbringer - "Worlds Torn Asunder" Review

O primeiro álbum após a saída do baterista Nic Ritterum do line-up, traz-nos uns Warbringer mais maduros, mas igualmente furiosos e a consolidar uma posição na enxurrada de propostas Thrash que têm surgido. Este registo, que vê a luz do dia através da Century Media, é o 3º da banda formada na Califórnia em 2004 e é mais um atestado de qualidade ao que de bom havia sido feito antes deste lançamento e lança os alicerces do que poderá ser a carreira desta banda daqui para a frente.

“Worlds Torn Asunder” remete-nos a um autêntico banquete de bons riffs, um vasto conjunto de ideias que irá agradar a fãs de trash e a quem segue propostas mais tecnicistas. Comparativamente a “War without end”, o maior acréscimo de qualidade é mesmo a melhoria notória no registo vocal de John Kevill e na superior produção assinada por Steve Evetts (Suicide Silence, The Dillinger Escape Plan, Symphony X), que oferece aos Warbringer um som mais polido, duro e agressivo q.b., não deixando de captar a força de todo o seu poderio bélico e sem que as músicas se pareçam demasiado umas com as outras. A variedade de riffs e mudanças de velocidade garantem que ninguém se aborrecerá ao escutar o som furioso mas bem contrabalançado dos norte-americanos, que surpreende com momentos mais amenos, como no interlúdio “Behind the veils of night” ou no início de “Echoes from the void”, tema que começa de pantufas, mas cedo cresce para uma galopada mais rápida, agressiva e sem rédea.
Proibido ouvir durante a condução ou durante a realização de trabalhos passíveis de se ficar sem algum membro, pois o ritmo contagiante de faixas como a poderosa "Shattered Like Glass", a técnica da compacta "Treacherous Tongue", ou a abordagem mais veloz promovida em "Wake Up... Destroy" são ritmos difíceis de ficar indiferente, como é perceptível logo com as boas vindas de "Living Weapon" e respectiva palete de riffs. Destaque óbvio, também, para as duas versões, nomeadamente Sacrifice (Bathory) e Execute Them All (Unleashed), bem executadas, apelativas e que justificam a sua colocação neste pacote explosivo, ilustrado pelo artwork de Dan Seagrave, que também foi o responsável pelo álbum anterior do grupo, além de já ter feito trabalhos para bandas como Entombed, Morbid Angel e Suffocation.

Muita velocidade, técnica e brutalidade variada é o que “Worlds Torn Asunder” tem para oferecer, demarcando-se de outras propostas a quem faltou a originalidade e a imaginação, que fazem deste novo lançamento dos Warbringer um nome a ter em conta nos próximos tempos, a deixar água na boca por uma nova visita a Portugal, tão boa foi a imagem deixada em Corroios há cerca de um ano. Entretanto, a fasquia subiu alguns centímetros.

Nota: 8/10

Review por Frederico Santos