Estes russos praticam um Death Metal que vai beber muito aos Decapitated (da fase do Winds Of Creation) e aos Cannibal Corpse., Mesmo que o Death Metal esteja a passar uma boa fase, tenho desde já de confessar que inesperadamente encontrei aqui um par de tomates musical que não via há muito em lançamentos recentes.
Basta ouvirmos “Environment” para nos apercebermos do que há aqui, a começar pelas semelhanças de Valery Negrutsa ao Corpsegrinder. Basicamente, e sem rodeios: Isto é Death Metal puro, bem executado, com músicos irrepreensíveis, que merecem distinção pela técnica que possuem. Alexander Volkov assume as seis cordas de uma forma invejável, enquanto Ivan Tarasenko toca o baixo de uma forma igualmente desafiante. Já o maior destaque, pode ir para a destreza do baterista Anatoly Kompanets.
A técnica junta-se com uma vontade enorme de fazer Death Metal, que passa por momentos arrasadores (como em ‘Resist Or Serve’, com o mesmo nome do álbum, ou em ‘Loneliness’), como tem espaço para música mais torturante e lenta como é ‘Winter’.
Várias influências; umas mais evidentes; outras mais bem escondidas, que resultam num bom produto, sólido, consistente, e verdadeiro. A verdade é simples: Isto é Death Metal, e do bom. E se os russos por acaso já tiverem uma banda que represente o Death Metal além-fronteiras, então que tomem cuidado, porque se estes rapazes continuarem a fazer música assim, basta mais dois álbuns para chegarem a um patamar muito acima do actual. Com uma estreia tão promissora, é impossível desejar-se ou pensar que vai acontecer o contrário.
Nota: 8/10
Review por Diogo Marques
