Ok, isto é estranho. Não é preciso ouvir muito dentro do segundo álbum dos Diminished Men para verificar que há aqui qualquer coisa de estranho. "Oblong Trance" instala um sentimento de desconforto e ao mesmo tempo de estranheza que nos faz pensar nas bandas sonoras de certos filmes dos anos sessenta e setenta, daqueles estranhos, com uma banda sonora que por vezes irritava mais do que outra coisa qualquer. Ao passar para a segunda faixa, "Black Vapor" verificamos que não foi uma intro, que não foi engano, que este é mesmo o estilo do projecto.
Sendo assim, temos sete faixas de algo que se pode apelidar de rock quase instrumental (tirando a vocalização de "Hoarding Light" por parte de Sara Johanne, que não deixa de criar um efeito de sedução para com o ouvinte), com muito boa vontade, mas que no fundo estão mais próximas de peças de devaneio musical que pretendem provocar no ouvinte um estado de transe, e de letargia e que quase sempre o consegue fazer.
Não é fácil de ouvir, ou de pelo menos absorver, sendo que poderá irritar os que esperam por algo mais efectivo, mas há indiscutivelmente um poder que "Capnomancy" que é o efeito de não se conseguir ficar indiferente. Um álbum com os pés nos anos sessenta e outro no plano astral, que quem quer goste de visitar estas duas realidades, normalmente distantes do nosso quotidiano, tem aqui um bom guia para esse efeito. Curioso de uma forma desarmante.
Sendo assim, temos sete faixas de algo que se pode apelidar de rock quase instrumental (tirando a vocalização de "Hoarding Light" por parte de Sara Johanne, que não deixa de criar um efeito de sedução para com o ouvinte), com muito boa vontade, mas que no fundo estão mais próximas de peças de devaneio musical que pretendem provocar no ouvinte um estado de transe, e de letargia e que quase sempre o consegue fazer.
Não é fácil de ouvir, ou de pelo menos absorver, sendo que poderá irritar os que esperam por algo mais efectivo, mas há indiscutivelmente um poder que "Capnomancy" que é o efeito de não se conseguir ficar indiferente. Um álbum com os pés nos anos sessenta e outro no plano astral, que quem quer goste de visitar estas duas realidades, normalmente distantes do nosso quotidiano, tem aqui um bom guia para esse efeito. Curioso de uma forma desarmante.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
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