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Necrowretch - "Putrid Death Sorcery" Review


O que faz uma jovem banda francesa de death metal old school numa editora da dimensão da Century Media? A editora parece apostada em assinar novas bandas de death metal como era feito nos primórdios,  numa altura em que o revivalismo do death metal da velha guarda está a ganhar forma, quer por parte de alguns super-grupos que têm sido formados, quer por parte de bandas novas como os Necrowretch. Por parte da Century Media no ano passado tivemos o EP dos suecos Morbus Chron, que foi alvo de análise na Metal Imperium, e este ano é a vez de analisarmos o longa-duração de estreia desta banda francesa.

Para uma editora poderosa assinar uma banda jovem de um país sem grandes tradições no death metal, como a França, a mesma tem de ser muito boa naquilo que faz. E assim é, os Necrowretch não inovam nada, mas são extremamente competentes a praticar um death metal podre, mórbido, feio, veloz e sem grandes preocupações a nível técnico, como era feito no início. O mercado discográfico (ainda) não está superlotado de bandas de death metal old school, como sucedeu no caso do thrash, por isso propostas como os Necrowretch, apesar de não trazerem absolutamente nada de novo para o mundo do metal, soam até de certo modo refrescantes. Principalmente no caso dos Necrowretch que o fazem com uma convicção tal que parecem que ainda estão no final dos anos 80.

O "Scream Bloody Gore" dos Death foi a razão que levou o vocalista/guitarrista Vlad a criar a banda, para tentar fazer a sua própria versão do lendário álbum. No entanto além da sonoridade inicial dos Death, Autopsy e Nihilist também são duas boas referências para quem quiser saber o que pode encontrar aqui.

Em suma, este é um álbum mais do que passível de ser apreciado, pelos fãs de death metal old school e das bandas supra-citadas. Se gostam de death metal mais técnico ou moderno, mantenham-se afastados disto, porque como diz Martin van Drunen dos Asphyx no tema Deathhammer: "This is true death metal, you bastards".

Nota: 7.5/10

Review por Mário Santos Rodrigues