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Empyrios - "Zion" Review


Zion é já o terceiro álbum dos italianos Empyrios, banda que nasce da mente criativa do guitarrista de DGM, Simone Mularoni, ao qual se juntam Dario Ciccioni (várias colaborações das quais se destacam os projetos de Daniele Liverani) na bateria, Simone Bertozzi (This Modern World) no baixo, e na voz o desconhecido Silvio Mancini.

Se é verdade que DGM é naturalmente a influência que mais nos assalta a cabeça ao ouvir Zion, também não é menos verdade que as aspirações dos Empyrios vão bem mais além do que isso. O que se quer dizer com isto é, o peso que os músicos imprimem nestas composições não é brincadeira, quase a fazer lembrar o Paradise Lost dos americanos Symphony X, ou por vezes até Strapping Young Lad ou Meshuggah. Os riffs são incisivos o quanto baste, o baixo não só é audível como por vezes dá a sensação de murro no estômago, e a bateria é tocada de uma forma tecnicamente irrepreensível sem esquecer o groove. Mas o que sobressai mesmo é a voz de Silvio Mancini, e a quantidade de registos que o homem consegue usar, desde as vocalizações mais grunhidas e ríspidas, até às habituais notas agudas, numa prestação simplesmente irrepreensível.

Para além da técnica e do peso, Zion também nos consegue oferecer uns quantos refrões de altíssima qualidade, tipicamente DGM, principalmente na primeira parte do disco, dos quais se destacam o inicial Nascience, Masters, e a ironicamente apelidada Unplugged, porventura uma das faixas mais pesadas do disco. A partir daí o foco passa mais para a técnica, com as canções a tornarem-se mais complexas, e o ritmo menos acelerado, e porque não dize-lo também, o próprio interesse do disco vai caindo de forma gradual, o que impede que este se torne numa obra verdadeiramente inesquecível.

Com uma produção também ela de topo, levada a cabo pelo próprio Simone Mularoni, Zion é um disco de Power Metal with balls, com o virtuosismo e complexidade do metal progressivo, suscitável de agradar não só aos fãs de DGM (as comparações são mesmo inevitáveis), como das bandas atras referidas.

Nota: 7.8/10

Review por António Salazar Antunes