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Moghul - "Dead Empires" Review


O quarteto britânico de Birmingham (localização mais que apropriada para o som que debitam) estreiam a sua discografia com este "Dead Empires", EP de duas faixas, com quase vinte e cinco minutos na sua totalidade e com um som arrastado, sujo e com muita ambiência doom e sludge. Com uma sensibilidade épica, a música é hipnótica, conseguindo fluir de melhor forma que muitas com metade do tempo. A faixa título com os seus dez minutos de atmosfera densa que se acentua com a guitarra lead cheia de efeitos na sua segunda metade e que depois reduz tudo ao ritmo bateria e baixo, sendo adornado pelas duas guitarras.

"Hidden Hand" não se fica atrás, começando de forma mais solene, tribal e calma, até que as guitarras entram acrescendo o poderio do riff (e ele assume aqui, neste EP, proporções quase sagradas. Tudo pelo riff, o riff é tudo), que em conjunto com a voz, mais uma vez embalam e agarram o ouvinte, sem que ele se aperceba. Em treze minutos, a música tem, surpreendentemente, muitas variações, e até uma certa leveza nas melodias que evoca. Uma verdadeira viagem, tal como o trabalho no seu conjunto, que só faz antecipar e colocar a fasquia bem alta para o álbum de estreia.

 
Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira