Realmente, a quantidade de bandas francesas apostadas em fazer um som diferente daquilo que as regras insistem em estabelecer é impressionante. Os Hacride são uma dessas bandas, que tendo o death metal por base, conseguem dotá-lo de uma sensibilidade e melodia progressiva impressionante. Ao quarto álbum, o seu primeiro pela independente norueguesa Indie Recordings, os franceses trazem mais quatro músicas que misturam a força do death metal (não se podendo dizer que é uma amostra pura do género) com elementos electrónicos (não se podendo dizer que se trata de industrial, apenas um uso muito inteligente dos teclados) e com uma dose de vozes limpas que vai bem além da fórmula já gasta do metalcore (vozes gritadas durante a canção com um intervalo no refrão limpinho).
Aqui, alguma da brutalidade de anteriormente parece ficar de parte em função de uma musicalidade acrescida - reparar como as vozes limpas no início da "Strive Ever To More" ou no épico final, "Requiem For A Lullaby" são viciantes - que consegue misturar um certo moderniso mas ao mesmo tempo capturar o espírito progressivo de uns Opeth mais modernos, de uns Amorphis mais progressivos ou até mesmo de uns Dream Theater em certos momentos. Os novos membros têm alguma influência neste novo álbum, principalmente a voz de Luis Roux, que faz que tudo esteja mesmo no ponto, de uma forma que nunca esteve antes.
Produção perfeita, poderosa e cristalina, composição a acertar em quase todos os alvos a que se propõe a atirar, "Back To Where You've Never Been" acaba por ser um título sintomático. A banda com este álbum atinge a excelência que nunca tinha atingido antes mas que parece que sempre foi sua por direito. Num ano em que muitos álbuns que misturam música extrema e elementos progressivos, aqui está mais um, candidato a melhor do ano. Conforme ele se desenrola, vai crescendo a sua influência e não será necessário mais do que uma audição para que se fique agarrado. Completamente.
Aqui, alguma da brutalidade de anteriormente parece ficar de parte em função de uma musicalidade acrescida - reparar como as vozes limpas no início da "Strive Ever To More" ou no épico final, "Requiem For A Lullaby" são viciantes - que consegue misturar um certo moderniso mas ao mesmo tempo capturar o espírito progressivo de uns Opeth mais modernos, de uns Amorphis mais progressivos ou até mesmo de uns Dream Theater em certos momentos. Os novos membros têm alguma influência neste novo álbum, principalmente a voz de Luis Roux, que faz que tudo esteja mesmo no ponto, de uma forma que nunca esteve antes.
Produção perfeita, poderosa e cristalina, composição a acertar em quase todos os alvos a que se propõe a atirar, "Back To Where You've Never Been" acaba por ser um título sintomático. A banda com este álbum atinge a excelência que nunca tinha atingido antes mas que parece que sempre foi sua por direito. Num ano em que muitos álbuns que misturam música extrema e elementos progressivos, aqui está mais um, candidato a melhor do ano. Conforme ele se desenrola, vai crescendo a sua influência e não será necessário mais do que uma audição para que se fique agarrado. Completamente.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
