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Brutus - "Behind the Mountains" Review


Um grupo de amigos reúne-se durante noites consecutivas no bar e, periodicamente, vive o revivalismo da qualidade musical do antigamente (subentenda-se década de 70). Este foi o primeiro passo para o nascimento dos Brutus. Estávamos em 2008, quando este grupo de músicos noruegueses e suecos lança o seu primeiro registo, uma demo / EP que, em pouco tempo, abanou as fundações do Rock europeu. Daí até ao dia de hoje, apenas foram precisos 2 trabalhos para lançar estes escandinavos para o topo do mundo do Rock psicadélico.

Com influências, assumidas, de uns Blue Cheer, Sabbath, Pentagram e Grand Funk Railroad, os Brutus entre 2010 e 2011 editam o primeiro trabalho de originais, de nome “11 days & 11 nights” e um split 12’’ EP com os suecos Graviators. Entretanto, em 2011, a Svart Records reedita o “11 days & 11 nights”, cuja excelente recepção o fez esgotar em poucos meses. Adicionalmente, a banda inicia uma série de concertos, marcando presença em vários festivais europeus. Segue-se 2013 e com este ano a edição do segundo registo de originais, “Behind the Mountains”.

Este disco mantém-se fiel à escola setentista defendida pela banda, demonstrando, acima de tudo, um rock descontraído, colorido e detentor de um groove capaz de fazer estremecer o vulcão mais adormecido. É contagiante? É. É bem disposto? É? É eléctrico? Sem dúvida!

Certamente, os Brutus assentam a sua música na base da convicção. A certeza de saberem onde querem ir, como querem ir e o que usar para que o destino final seja um local apetecido, não só hoje como, também, para o futuro. O mais irónico de tudo isto é que o ponto de partida são as pérolas que o passado nos deixou e que os Brutus tão bem sabem interpretar sem beliscar uma centelha da sua identidade.

Nota: 8.1/10

Review por Pedro Pedra