O mítico mini-cd, "Evil" de 1999, lançado pela não menos mítica Andromeda Productions, teve um certo culto à sua volta, principalmente por contar com Ainvar, na altura nos Sirius, agora actualmente nos Storm Legion. Contava também com Pursan. Entretanto, depois do mini-cd, o projecto acabou por ficar suspenso com a saída de Pursan devido a problemas pessoais. Doze anos mais tarde, Pursan (responsável pelo conceito, letras e voz) resolve reactivar o projecto, contando agora com Erdsaf na bateria e baixo e com E. (dos Wavelength:Satan) na guitarra.
"Planet Muscaria" é o álbum de estreia que surge talvez um pouco tarde demais. Com uma produção de topo que favorece e em muito a fluidez do álbum e onde os pormenores electrónicos soam totalmente integrados no som (a "INTraVeNUS" é um bom exemplo), no final de cada música fica sempre a sensação de que se este álbum tivesse sido lançado em 1999 ou em 2001, que poderia ter sido quase revolucionário. Aliás, e por falar em Sirius, este seria um trabalho que estaria mais próximo do que poderia ser um terceiro álbum de uma das grandes bandas nacionais de sempre do que propriamente o álbum de Reaktor, sempre visto como a sucesão dos Sirius.
Black metal bem produzido, mas ao mesmo tempo frio, com um excelente trabalho instrumental - principalmente a bateria, que está com um nível muito bom - faz com que esta proposta, mesmo surgindo numa altura em que a mistura de elementos de industrial já foi feita e refeita inúmeras vezes, ainda soe válida. Principalmente quando temos os Aborym a lançar os trabalhos que têm lançado. Para finalizar, um conceito inquietante baseado nos momentos mais negros que Pursan atravessou e que faz com que a intensidade seja multiplicada imensamente. Um bom regresso, inesperado, mas bem vindo, de um projecto que têm muito para crescer e avaliar por este álbum de estreia, muito a dar, principalmente quando a sua casa é a Code666.
"Planet Muscaria" é o álbum de estreia que surge talvez um pouco tarde demais. Com uma produção de topo que favorece e em muito a fluidez do álbum e onde os pormenores electrónicos soam totalmente integrados no som (a "INTraVeNUS" é um bom exemplo), no final de cada música fica sempre a sensação de que se este álbum tivesse sido lançado em 1999 ou em 2001, que poderia ter sido quase revolucionário. Aliás, e por falar em Sirius, este seria um trabalho que estaria mais próximo do que poderia ser um terceiro álbum de uma das grandes bandas nacionais de sempre do que propriamente o álbum de Reaktor, sempre visto como a sucesão dos Sirius.
Black metal bem produzido, mas ao mesmo tempo frio, com um excelente trabalho instrumental - principalmente a bateria, que está com um nível muito bom - faz com que esta proposta, mesmo surgindo numa altura em que a mistura de elementos de industrial já foi feita e refeita inúmeras vezes, ainda soe válida. Principalmente quando temos os Aborym a lançar os trabalhos que têm lançado. Para finalizar, um conceito inquietante baseado nos momentos mais negros que Pursan atravessou e que faz com que a intensidade seja multiplicada imensamente. Um bom regresso, inesperado, mas bem vindo, de um projecto que têm muito para crescer e avaliar por este álbum de estreia, muito a dar, principalmente quando a sua casa é a Code666.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
