Álbum de estreia deste The Blue Project, um duo italiano composto pela vocalista Maria Cristina (dos injustamente desaparecidos Discordia) e instrumentalista David Borghi (dos Albireon) e apresentam aqui um trabalho que explora tanto a hipnótica voz de Maria como as paisagens sonoras criadas por David, dois elementos que acabam por cativar por quarenta minutos o ouvinte.
Com algumas passagens que fazem lembrar Enya - como a "Through The Grey" com o seu ambiente fantasmagórico - outras que poderiam estar na banda sonora de um filme de terror religioso ("The Lighthouse Prayer" é arrepiante, com uma série de pistas vocais a sobreporem-se umas às outras), no geral, o que sobressai nestas doze músicas é mesmo a voz de Maria Cristina, sendo um trabalho quase despido de música, com um ténue trabalho de teclado que se torna mais evidente numas faixas que noutras.
Não será um trabalho fácil de ouvir, mas que agradará, mesmo assim, aqueles que gostam de dark wave/ambient, será muito bem vindo. Um projecto que terá tanta tendência para crescer dado o talento das duas pessoas envolvidas como para poder ficar encurralado num beco sem saída. Por agora, é hipnótico, surpreendente, inquietante e sobretudo desafiante. No futuro, veremos se os adjectivos se mantêm ou se estilisticamente ficam presos ao que se pode ouvir neste "Adrift".
Com algumas passagens que fazem lembrar Enya - como a "Through The Grey" com o seu ambiente fantasmagórico - outras que poderiam estar na banda sonora de um filme de terror religioso ("The Lighthouse Prayer" é arrepiante, com uma série de pistas vocais a sobreporem-se umas às outras), no geral, o que sobressai nestas doze músicas é mesmo a voz de Maria Cristina, sendo um trabalho quase despido de música, com um ténue trabalho de teclado que se torna mais evidente numas faixas que noutras.
Não será um trabalho fácil de ouvir, mas que agradará, mesmo assim, aqueles que gostam de dark wave/ambient, será muito bem vindo. Um projecto que terá tanta tendência para crescer dado o talento das duas pessoas envolvidas como para poder ficar encurralado num beco sem saída. Por agora, é hipnótico, surpreendente, inquietante e sobretudo desafiante. No futuro, veremos se os adjectivos se mantêm ou se estilisticamente ficam presos ao que se pode ouvir neste "Adrift".
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
