Este não seria o álbum que se esperaria que uma editora como a Season Of Mist lançaria. Porquê? Porque no seu geral, tirando alguns detalhes, é drone. Drone, noise. Puro. A faixa de abertura "1870-1906" começa com um emaranhado de guitarras que mais parece um pad de teclado e no final tem um piano, a tocar uma melodia mesmo, que poderá deixar desconcertado quem tente categorizar "Ironworks". No entanto, com a faixa seguinte, "Tasks Which Destroy Body And Soul", temos quase sete minutos de ruído non-stop que não deixa dúvidas do que se trata.
Quando se acha que já se colocou um rótulo bonito sobre o álbum (bonito ou feio, conforme os gostos), na terceira faixa, "God Says To Love You In Chains", temos algumas vocalizações (sussurros) que parecem saídas de um álbum de black metal (o título também já denuncia um pouco as intenções e um ambiente em crescendo que não parece aleatório como o tema anterior - embora seja no caos onde vai desaguar este tema. O piano volta a fazer a sua aparição no início da "A Promised Eternity Fulfilled With Cancer", que se formos a ver tem uma linha de piano e ruído ao fundo (embora por vezes seja difícil de distinguir o que é que está mais ao fundo, se o piano ou o ruído).
As restantes faixas são puro ambient/drone/noise que não fazem levantar muito o sobrolho. O drone/noise é um estilo muito difícil de criticar porque se se diz que é uma maravilha passa a sensação de que o crítico é um pseudo-intelectual que gosta de coisas que ninguém mais gosta. Se se diz que é um grande monte de estrume, não tem os horizontes abertos e está fechado às mais alternativas formas de arte sonora. Ora no caso deste "Ironworks" será fácil optar por cada uma delas. Numa perspectiva de ambient, o álbum tem os seus momentos aúreos, principalmente quando o piano aparece. Numa perspectiva de drone, cumpre a sua missão, tal como milhares de projectos que lançam dez álbuns por ano. O facto de ser um estilo bastante profícuo faz com que álbuns como este passem um pouco ao lado, já que não temos nada de novo. Talvez nem fosse essa intenção. De qualquer forma, é uma aposta muito estranha e inesperada pela Season Of Mist.
Quando se acha que já se colocou um rótulo bonito sobre o álbum (bonito ou feio, conforme os gostos), na terceira faixa, "God Says To Love You In Chains", temos algumas vocalizações (sussurros) que parecem saídas de um álbum de black metal (o título também já denuncia um pouco as intenções e um ambiente em crescendo que não parece aleatório como o tema anterior - embora seja no caos onde vai desaguar este tema. O piano volta a fazer a sua aparição no início da "A Promised Eternity Fulfilled With Cancer", que se formos a ver tem uma linha de piano e ruído ao fundo (embora por vezes seja difícil de distinguir o que é que está mais ao fundo, se o piano ou o ruído).
As restantes faixas são puro ambient/drone/noise que não fazem levantar muito o sobrolho. O drone/noise é um estilo muito difícil de criticar porque se se diz que é uma maravilha passa a sensação de que o crítico é um pseudo-intelectual que gosta de coisas que ninguém mais gosta. Se se diz que é um grande monte de estrume, não tem os horizontes abertos e está fechado às mais alternativas formas de arte sonora. Ora no caso deste "Ironworks" será fácil optar por cada uma delas. Numa perspectiva de ambient, o álbum tem os seus momentos aúreos, principalmente quando o piano aparece. Numa perspectiva de drone, cumpre a sua missão, tal como milhares de projectos que lançam dez álbuns por ano. O facto de ser um estilo bastante profícuo faz com que álbuns como este passem um pouco ao lado, já que não temos nada de novo. Talvez nem fosse essa intenção. De qualquer forma, é uma aposta muito estranha e inesperada pela Season Of Mist.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
