Já deve ter sido referido nestas páginas que a Code666 tem um olho certeiro para o metal esquisito em geral e para o black metal pouco usual em particular. Os Cult Of Erinyes são apenas mais uma banda que comprovam de forma exemplar essa tendência. Formados apenas em 2009, a banda belga já lançou um EP, um split e dois álbuns, a contar com este "Blessed Extinction", o primeiro lançado pela independente italiana. Quando se falou em black metal pouco usual não se pense em algo arraçado de pós-qualquer-coisa ou de influências industriais. O que há aqui que faz realmente a diferença é uma forte componente ritualista, que percorre todas as oito faixas aqui contidas, incluíndo a breve instrumental "Bipolar".
A primeira música, "From The Shattered Skies", é uma das que tem essa vertente mais acentuada, fazendo por vezes lembrar a fase em que Blasphemer estava nos Mayhem, embora não exista aqui uma clara aproximação aquilo que é a identidade dos noruegueses. "Jibuku" vai mais além, tendo espaço para uma secção intermédia de extremo bom gosto, com a guitarra lead a brilhar perante um baixo a debitar uma melodia melancólica. A capacidade com que os belgas mantêm este "Blessed Extinction" dinâmico é de louvar, sendo que o seu black metal não é a proposta mais comum ou tradicional do género, mas que mesmo assim soa verdadeiro e pujante.
Este power trio vai sem dúvida surpreender os amantes das artes negras que ainda não o conhecem e este trabalho é o indicado para serem introduzidos a ele. Um trabalho de guitarra impressionante, com o baixo a preencher bem o espaço rítmico em conjunto com a bateria e a voz a ser quase como que um narrador que acompanha a viagem do ouvinte durante o percurso dos quarenta e três minutos, criando no geral um ambiente único com o auxílio de teclados que são usados unicamente para esse propósito. Um trabalho que a cada audição se vai tornando cada vez mais obrigatório.
A primeira música, "From The Shattered Skies", é uma das que tem essa vertente mais acentuada, fazendo por vezes lembrar a fase em que Blasphemer estava nos Mayhem, embora não exista aqui uma clara aproximação aquilo que é a identidade dos noruegueses. "Jibuku" vai mais além, tendo espaço para uma secção intermédia de extremo bom gosto, com a guitarra lead a brilhar perante um baixo a debitar uma melodia melancólica. A capacidade com que os belgas mantêm este "Blessed Extinction" dinâmico é de louvar, sendo que o seu black metal não é a proposta mais comum ou tradicional do género, mas que mesmo assim soa verdadeiro e pujante.
Este power trio vai sem dúvida surpreender os amantes das artes negras que ainda não o conhecem e este trabalho é o indicado para serem introduzidos a ele. Um trabalho de guitarra impressionante, com o baixo a preencher bem o espaço rítmico em conjunto com a bateria e a voz a ser quase como que um narrador que acompanha a viagem do ouvinte durante o percurso dos quarenta e três minutos, criando no geral um ambiente único com o auxílio de teclados que são usados unicamente para esse propósito. Um trabalho que a cada audição se vai tornando cada vez mais obrigatório.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
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