About Me

Sarke - "Aruagint" Review



Depois de uma estreia que para muitos teve hype a mais unicamente pelos nomes envolvidos (Sarke, baterista dos Khold e Tulus, que cuidou da parte instrumental toda e Nocturno Culto, que ficou a cargo da voz) do que propriamente pela música, e de um segundo álbum que acentuou ainda mais a imagem de super-grupo, juntando à solução mais cromos difíceis da elite norueguesa, ficando com Sarke agora apenas encarregue ao baixo, eis que o super-grupo norgueguês regressa, com um álbum mais forte, mais seguro em relação ao passado mas ainda longe da perfeição.

A ideia que fica é que o que se tem aqui é algo bem próximo do que foi feito no passado, da sua carreira em primeira instância, e depois da carreira dos outros, mais concretamente daquilo que já foi feito pelos Darkthrone num passado recente ("Ugly" é tão Darkthrone que deveria pagar direitos de autor) ou nos momentos mais clássicos de Celtic Frost (de onde os Darkthrone também retiram grande parte da inspiração). Ou seja, este é um álbum que apela à nostalgia e a certos elementos que a podem provocar. A questão é, isso traduz-se em grandes músicas? Ou pelo menos memoráveis?

Ok, o riff da "Strange Pungent Odyssey" é engraçado e há muitos mais momentos assim, mas a verdade é que este álbum morre depressa. É bom para tocar no carro ou em casa, a mostrar aos amigos, enquanto se falar, enquanto se joga playstation, enquanto se faz qualquer coisa, mas não se sustenta sozinho e não é daqueles que apetecem revisitar. É de salutar o espírito vintage que tão honestamente faz passar para o ouvinte, mas não vai mais além disso. No entanto, continua a ser muito superior em relação ao que se faz aí. Apenas tem que ser feita uma preparação diferente daquela que normalmente se faz. Não é o álbum do ano, é boa música, para ouvir, sem grandes expectativas. E posto assim, cumpre na perfeição. Se tiver algo mais em cima que isto, é desilusão certa.

 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira