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Reportagem: Disgorge e Grog @ República da Música, Lisboa - 19-11-2013


Na passada terça-feira, a República da Música abriu para receber um evento de extreme metal, abrindo com o Grindcore dos Grog e terminando com o Brutal Death dos Disgorge (US). 


Com o espaço semi-preenchido, Grog abriram o evento com um “Epah pessoal, vocês sabem que o concerto é deste lado?”. E a partir daí seguiu-se uma meia hora de música intensa, com Pedro Pedra e companhia a darem o máximo para um público que parecia quase aborrecido por ali estar. Alguns poucos faziam a festa no sítio normal do mosh, mas parecia que a plateia estava mais ali para “ver no que é que isto vai dar” do que propriamente para apreciar a música. Talvez fosse do jogo de Portugal, e até o Pedro disse “Esta m*rda é melhor do que ver o Ronaldo a marcar golos”, com uma resposta pronta de um membro do público: “Pelo menos é mais rápida”. E é realmente de música rápida que falamos, com Grog a mostrarem uma presença em palco notável, de uma energia inesgotável. Independentemente da resposta dos presentes, Grog deram um óptimo espectáculo, passando por temas como ‘Cult of Blood’, mas tocando na sua maioria temas do último álbum como ‘Split 3 to Share’ e ‘Hanged by the Cojones’.




Disgorge mostraram-se, mesmo antes do concerto, uma banda sem preconceitos ou manias, vendendo o seu próprio merchandise e misturando-se com os fãs ainda antes do concerto. Quando chegou a hora, entraram em palco às escuras, mas foi clara desde o início a sua presença imponente. A banda de San Diego (Califórnia), parecia não ter frio nenhum naquela noite de Novembro.  Angel Ochoa (vocalista), de calções e ténis, mostrou a voz poderosa, nuns grunhidos de arrepiar, completamente à vontade em palco apesar de estar na banda apenas desde Maio. O som intenso da banda mesmo assim não retirou o público do estado letárgico em que parecia encontrar-se, com apenas algum mosh para o fim. Passando por temas incontornáveis como ‘She Lay Gutted’, Angel fazia headbang como se não houvesse amanhã, com algumas pessoas do público. Com poucas palavras, entregaram-se  por completo com ‘Deranged epidemic’, ‘Womb full of scabs’ e ‘Exhuming the disemboweled’, num concerto de cerca de uma hora, de grande valor técnico e profissionalismo. Terminaram com ‘Consuming the Forsaken’ e ainda tiveram tempo para confraternizar com os fãs.  A caminho de Espanha nesta tournée europeia, mas passando por Braga primeiro, prometeram voltar em Março.



Texto por Inês Sobreira
Fotografia por Joana Soares
Agradecimentos: Carc Produções e SWR Inc.