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Critical Solution - "Evil Never Dies" Review



A magia dos dias de hoje. Termos uma banda como os Critical Solution, jovem, com o sangue na guelra e o gás todo, sem editora, e mesmo assim lançar o trabalho em mãos próprias e iniciar o seu percurso discográfico com este "Evil Never Dies". Claro que edições de autor sempre existiram mas temos que admitir que hoje em dia há mais recursos tecnológicos para se ter uma boa produção a baixo custos. Não sabendo muito bem se é o caso, até porque foi produzido por Andy La Rocque, o que se pode ouvir aqui soa muito bem e é o que interessa. Temos então onze músicas originais e mais três covers que causam muito boa impressão. A única coisa que não parece bem é mesmo o nome que não tem o punch que tudo o resto tem.

O foco é o thrash metal do final dos anos oitenta, início dos noventa, daquele que se praticava nos Estados Unidos principalmente. É uma sensação que persegue o ouvinte durante todo o álbum, de estar a ouvir algo de décadas atrás, mas não creio que o quarteto norueguês esteja muito preocupado com isso, até porque boas ideias não lhes faltam. "Evil Never Dies" é um álbum conceptual que até está bem estruturado, sendo que a história seria boa para um filme de terror/suspense - Um assassino morre e faz um pacto com o diabo para voltar como Soulmaker, alguém ainda pior para estabelecer amizades. Há grandes riffs e solos, a ter um pouco o mesmo impacto que os Paradox tiveram com o seu "Collision Course" uns bons anos atrás. Até a voz de Christer Slettebo faz lembrar a de Charly Steinhauer, vocalista da banda germânica. Christer além de lhe dar bem na voz, também é o guitarrista solo onde brilha ainda mais.

O álbum é bastante coeso, não havendo nenhuma música em especial que se destaque, embora o refrão da "This Burning Hate" tenha a tendência para se colar imediatamente ao cérebro. Para completar, temos três covers de clássicos, sendo a primeira "Speed King" (com direito ao riff de "Burn" no meio do solo) dos Deep Purple, a segunda "Killed By Death" dos Motörhead com as participações especiais de Whitfield Crane dos Ugly Kid Joe na voz e Andy La Rocque na guitarra solo deste tema e no "Seek And Destroy" dos Metallica que encerra o álbum. Uma muito boa surpresa, com muito espaço para evoluir, algumas coisas a maturar, mas o principal já cá está, alma e coração.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira