Se já foi dito recentemente nestas páginas que o doom respira uma vitalidade tal como nunca respirou antes, é melhor não repetir, mas o que provavelmente não foi dito, é que grande parte das propostas de qualidade têm-nos chegado da Suécia, como é o caso deste trabalho auto-intitulado dos Serpent Omega, o primeiro longa duração da sua carreira. É um daqueles casos em que o doom metal, além de ser de orientação clássica (com riffs que parece que já existiam desde sempre) também tem a particularidade de ter uma vocalista feminina, que tem uma abordagem à sua voz diferente do que se esperaria, mais próximo de uma típica proposta de punk/powerviolence ou algo do género ou até do timbre que Cadaveria usava quando ainda estava nos Opera IX.
"Skullwand" é a forma perfeita de apresentar a banda, um tema curto, cheio de raça e que nem é assim tão doom quanto isso - pelo menos não obedece concretamente a todas as regras a começar pelo tempo, mas o segundo tema,"Smoke Ritual" dissipa logo todas as dúvidas, com um ritmo compassado e ameaçador que dura cerca de oito minutos. Na verdade dizer que Serpent Omega (a banda e o álbum) é doom metal talvez seja algo um pouco redutor, já que se consegue vislumbrar aqui certos requintes de sludge e pós metal como na intensa "Warmachine". Apesar da variação da duração de cada faixa, não se pode dizer que seja muito dinâmico, ficando a impressão que nos trinta e cinco minutos em que esteve a tocar, se esteve a ouvir a mesma faixa, dividida em sete partes.
De qualquer forma, é mais um álbum de doom, que não se limita a ser doom, mas que mantém toda a sua aura e a indicação de mais uma banda sueca que dará que falar no futuro, sendo que este álbum ainda não tem combustível suficiente para que tal aconteça agora. É daqueles casos em que tudo indica que o próximo álbum será de arromba, se todas as indicações aqui dadas foram cumpridas a 100%. Não é preciso muito, basta virem na mesma linha do tema que encerra o álbum com chave de ouro, "Konflux". Interessante estreia que agradará aos amantes de metal em geral e aos de doom em particular.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
"Skullwand" é a forma perfeita de apresentar a banda, um tema curto, cheio de raça e que nem é assim tão doom quanto isso - pelo menos não obedece concretamente a todas as regras a começar pelo tempo, mas o segundo tema,"Smoke Ritual" dissipa logo todas as dúvidas, com um ritmo compassado e ameaçador que dura cerca de oito minutos. Na verdade dizer que Serpent Omega (a banda e o álbum) é doom metal talvez seja algo um pouco redutor, já que se consegue vislumbrar aqui certos requintes de sludge e pós metal como na intensa "Warmachine". Apesar da variação da duração de cada faixa, não se pode dizer que seja muito dinâmico, ficando a impressão que nos trinta e cinco minutos em que esteve a tocar, se esteve a ouvir a mesma faixa, dividida em sete partes.
De qualquer forma, é mais um álbum de doom, que não se limita a ser doom, mas que mantém toda a sua aura e a indicação de mais uma banda sueca que dará que falar no futuro, sendo que este álbum ainda não tem combustível suficiente para que tal aconteça agora. É daqueles casos em que tudo indica que o próximo álbum será de arromba, se todas as indicações aqui dadas foram cumpridas a 100%. Não é preciso muito, basta virem na mesma linha do tema que encerra o álbum com chave de ouro, "Konflux". Interessante estreia que agradará aos amantes de metal em geral e aos de doom em particular.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
