"Kingdom Of Rust" é o álbum de estreia da banda italiana Rustfield, que se movimenta pelos campos do metal/rock progressivo, com foco nas ambiências criadas pelos teclados e sintetizadores (um certo toque electrónico aqui e ali). O peso demonstrado na abertura da "Among The Fields Of Rust" começa a diluir-se aos poucos ao longo da faixa e começa a fazer-se valer de uma certa calmia que se torna contagiante. Se pegarmos na faixa seguinte, "Waxhopes", por exemplo, parece haver uma certa influência de Riverside que soa muito bem, com o vocalista Andrea Rampa a empregar tanto um tom mais agressivo, mais heavy metal e outro mais melódico.
Outros grandes nomes surgem à mente ao ouvir "Kingdom Of Rust", como os Genesis (ouvir a "Secret Garden") ou os Dream Theater (na "High Waters") mas é algo natural num primeiro álbum de uma banda, ainda por cima num género que tem tantos pesos pesados, muito difícil de contornar. De qualquer forma, não se pode dizer que haja uma colagem a certa e determinada banda, embora a identidade da banda pareça algo dispersa - não é fácil andar pelo caminho da melodia e do peso sem haver um pouco de dispersão. Os Dream Theater são o maior exemplo de sucesso de apostar nos dois mundos, mas também foi um longo caminho a percorrer.
Peso, melodia, influências electrónicas, influências progressivas, tudo junto num caldeirão que fica cheio, talvez cheio de mais. Doze faixas em sessenta e oito minutos parece que é normal para um álbum de rock/metal progressivo, mas para um primeiro trabalho, revela-se talvez algo extenso. Algo ambicioso demais. Mesmo assim, tem qualidade suficiente para o apreciador comum do género. Uma banda a seguir mas que necessita ainda mais alguma maturação. Por enquanto, o benefício da dúvida.
Nota: 7.7/10
Review por Fernando Ferreira
Outros grandes nomes surgem à mente ao ouvir "Kingdom Of Rust", como os Genesis (ouvir a "Secret Garden") ou os Dream Theater (na "High Waters") mas é algo natural num primeiro álbum de uma banda, ainda por cima num género que tem tantos pesos pesados, muito difícil de contornar. De qualquer forma, não se pode dizer que haja uma colagem a certa e determinada banda, embora a identidade da banda pareça algo dispersa - não é fácil andar pelo caminho da melodia e do peso sem haver um pouco de dispersão. Os Dream Theater são o maior exemplo de sucesso de apostar nos dois mundos, mas também foi um longo caminho a percorrer.
Peso, melodia, influências electrónicas, influências progressivas, tudo junto num caldeirão que fica cheio, talvez cheio de mais. Doze faixas em sessenta e oito minutos parece que é normal para um álbum de rock/metal progressivo, mas para um primeiro trabalho, revela-se talvez algo extenso. Algo ambicioso demais. Mesmo assim, tem qualidade suficiente para o apreciador comum do género. Uma banda a seguir mas que necessita ainda mais alguma maturação. Por enquanto, o benefício da dúvida.
Nota: 7.7/10
Review por Fernando Ferreira
