O black metal sinfónico ou melódico já há muito que anda na mó de baixo, não tendo o fulgor para apresentar novos nomes e os que fizeram sucesso, distanciaram-se, mudando de estilo ou descaracterizando um pouco os elementos que os fizeram ter sucesso inicialmente (Cradle Of Filth e Dimmu Borgir). É quando um estilo já passou de moda que se pode verificar ou o quão a moda era ínsipida, não se percebendo a razão de todo o seu hype, ou o inverso, ter aquele brilho que outrora se teve no passado.
Os Endemise regressam quatro anos depois da estreia e os canadianos apresentam alguma pujança no seu black metal melódico, não se podendo dizer que será a melhor coisa desde o "Dusk... And Her Embrace", porque não é, mas que pelo menos não se tornam ridiculamente datados ou simplesmente ridículos. A breve intro "Haunting" - uma intro com distorção, finalmente - anuncia em grande estilo "Lycaon" que entra furiosa, um nível que se mantem quase sempre ao longo destes mais de quarenta minutos. Os teclados também não são esquecidos mas raramente estão no centro das atenções. O trabalho de guitarra acaba por roubar as atenções e acaba por ser merecido já que desde os riffs aos leads, tem-se muito bom gosto.
Não será trabalho perfeito por parte destes canadianos, com algumas escorregadelas, principalmente a música instrumental baseada em teclados, "Encroaching Dusk" que provoca um forte déjà vú e que também acaba por não ser nada demais. Boa produção, boas ideias, mas mesmo assim, ainda não é o suficiente, já que o grande trunfo do black metal melódico - ou de coisa melódica - é de ser catchy, de ter ganchos com fartura para apanhar o ouvinte e viciá-lo e isso não acontece aqui, mesmo para os que são ou já foram apreciadores do estilo. Ouve-se bem, é agradável, mas não será muito mais que isso.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Os Endemise regressam quatro anos depois da estreia e os canadianos apresentam alguma pujança no seu black metal melódico, não se podendo dizer que será a melhor coisa desde o "Dusk... And Her Embrace", porque não é, mas que pelo menos não se tornam ridiculamente datados ou simplesmente ridículos. A breve intro "Haunting" - uma intro com distorção, finalmente - anuncia em grande estilo "Lycaon" que entra furiosa, um nível que se mantem quase sempre ao longo destes mais de quarenta minutos. Os teclados também não são esquecidos mas raramente estão no centro das atenções. O trabalho de guitarra acaba por roubar as atenções e acaba por ser merecido já que desde os riffs aos leads, tem-se muito bom gosto.
Não será trabalho perfeito por parte destes canadianos, com algumas escorregadelas, principalmente a música instrumental baseada em teclados, "Encroaching Dusk" que provoca um forte déjà vú e que também acaba por não ser nada demais. Boa produção, boas ideias, mas mesmo assim, ainda não é o suficiente, já que o grande trunfo do black metal melódico - ou de coisa melódica - é de ser catchy, de ter ganchos com fartura para apanhar o ouvinte e viciá-lo e isso não acontece aqui, mesmo para os que são ou já foram apreciadores do estilo. Ouve-se bem, é agradável, mas não será muito mais que isso.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
