A iniciais L.R.S. representam La Verdi, Ramos e Shotton. E quem são estes três senhores, podem perguntar? La Verdi é o vocalista dos 21 Guns, Ramos é o guitarrista dos Hardline e Shotton é o baterista dos Airtime, tudo nomes, não muito conhecidos, é certo, do AOR e é AOR que a primeira faixa, "Our Love To Stay", espalha logo sem pudor. Para muitos, o tom adocicado destes temas poderá ser um grave impedimento a que se consiga aproveitar na totalidade esta estreia. Poderá até pensar-se que se trata de mais um daqueles projectos que Frontiers se lembra de visionar e impulsionar de forma a aproveitar os músicos com os quais tem contracto.
Efectivamente o rock é suave, ideal para passar nas rádios se as rádios ainda passassem rock e todas elas têm um potencial comercial radiofónico enorme, umas roçando mais e outras menos, o limite da azeitice permitida por lei. Por outro lado, temos aquele efeito nostálgico pela década de oitenta, onde parece que era fácil escrever grandes refrões, grandes melodias e ainda ser movida a distorção - por muito bem comportadinha que fosse. "I Can Take You There" e "Never Surrender" são temas que facilmente se tornam em autênticas máquinas do tempo, conciliando emoção e ritmo de uma forma equilibrada e apesar do azeite, sóbria.
Não será um disco para o futuro, não será sequer para o presente, já que o AOR pouca expressão comercial tem - comparando com tempos já idos e que dificilmente voltarão a nós - mas é sem dúvida um bom trabalho, agradávelde se ouvir, que encaixa perfeitamente no estilo, sem ter intenções de trazer grandes revoluções para a música, perfeitos para os amantes do rock melódico. Todos os restantes, habituados a coisas mais agrestes, terão alguma dificuldade a encontrar pontos de atracção, no entanto, isso não faz que este álbum tenha menos qualidade por causa disso.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Efectivamente o rock é suave, ideal para passar nas rádios se as rádios ainda passassem rock e todas elas têm um potencial comercial radiofónico enorme, umas roçando mais e outras menos, o limite da azeitice permitida por lei. Por outro lado, temos aquele efeito nostálgico pela década de oitenta, onde parece que era fácil escrever grandes refrões, grandes melodias e ainda ser movida a distorção - por muito bem comportadinha que fosse. "I Can Take You There" e "Never Surrender" são temas que facilmente se tornam em autênticas máquinas do tempo, conciliando emoção e ritmo de uma forma equilibrada e apesar do azeite, sóbria.
Não será um disco para o futuro, não será sequer para o presente, já que o AOR pouca expressão comercial tem - comparando com tempos já idos e que dificilmente voltarão a nós - mas é sem dúvida um bom trabalho, agradávelde se ouvir, que encaixa perfeitamente no estilo, sem ter intenções de trazer grandes revoluções para a música, perfeitos para os amantes do rock melódico. Todos os restantes, habituados a coisas mais agrestes, terão alguma dificuldade a encontrar pontos de atracção, no entanto, isso não faz que este álbum tenha menos qualidade por causa disso.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
