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Entrevista aos Red Fang


Depois de dois concertos completamente esgotados em território nacional, podemos dizer que os Red Fang são uma das bandas do momento. A Metal Imperium teve uma breve conversa com Aaron Beam, um dos mentores da banda, acerca do seu mais recente álbum, dos seus videoclips e influências musicais.


M.I. - Os Red Fang já contam com quase 10 anos de existência. O que mudou desde então?

Eu fiquei um pouco mais gordo, e depois muito mais magro. Tenho mais cabelos brancos, mas menos cabelo no geral (pelo menos na cabeça). Estou casado e tenho um filho. Já não tenho um emprego típico. A música é tudo o que faço. Visitei muitos mais países do que aquilo que alguma vez poderia ter imaginado. A nossa dinâmica como banda actualmente funciona de um modo diferente, porque isto já não é um mero hobby. Acho que seria um pouco difícil e aborrecido explicar melhor essa mudança de dinâmica.


M.I. - O nome do vosso mais recente álbum, “Whales and Leeches”, tem algum significado especial?

Creio que não! Este era o nome de uma música antiga do Bryan (guitarrista/vocalista). Acho que ele apenas emparelhou estes dois nomes. Dá uma imagem simpática, ligeiramente nojenta e ligeiramente ameaçadora. Eu acredito que é isto que somos enquanto banda. Simpáticos, ligeiramente nojentos e ligeiramente ameaçadores.


M.I. - Estão a planear fazer vídeos para outras faixas deste álbum?

Claro que sim! Eu creio que temos pelo menos mais dois preparados, talvez mais...


M.I. - A grande maioria dos vosso vídeos tem uma grande vertente humorística. Não têm receio que isso faça com que as pessoas não vos levem muito a sério?

Nem por isso. Obviamente eu não me levo muito a sério, se assim fosse nem pensava em alinhar em vídeos destes. Eu levo a minha música muito a sério, embora não me leve muito a sério a mim mesmo. Há pessoal que ao ouvir as nossas músicas vai perder algum tempo a analisar tudo com atenção, e aí vão ver que até falamos sobre alguns tópicos mais sérios. No entanto, outros apenas vão olhar para isto tudo de uma forma mais superficial e reter a imagem de que somos uns tipos festeiros que bebem demasiada cerveja, e se isso é suficientemente bom para eles, então para mim também é.


M.I. - Para ti, qual é que achas que  foi a reação do público a este novo álbum?

Aquilo que sei é que as pessoas responderam muito bem às músicas novas quando as tocámos ao vivo. O público nos nossos concertos, por vezes, fica completamente selvagem.


M.I. - Como é que funciona o vosso processo criativo?

Pobremente! (Risos) Não, é diferente de música para música. Por vezes um de nós aparece com uma música já terminada, outras vezes vamos compondo e alterando coisas no computador. Também acontece um de nós ter um riff feito e começamos todos a tocá-lo por um bocado e vamos completando-o em grupo, ou então, um de nós lembra-se de uma parte de uma outra música e usamos isso como base para fazer um jam a partir daí, e depois juntamos tudo. É difícil dar uma resposta mais concreta, pois isto acaba sempre por acontecer de formas distintas.


M.I. - Quais são as tuas principais influências musicais?

Quando estou concentrado em Red Fang, costumam ser os YOB, Federation X, Big Business, The Jesus Lizard, Unwound, The Fucking Champs, Soundgarden, Black Sabbath, Cherubs, Hot Snakes, Nirvana, Mudhoney, Tad, Nomeansno.


M.I. - Em que países é que mais gostas de andar em tour?

Sem nenhuma ordem em particular: Escandinávia, Portugal (tanto o Porto como Lisboa são cidades fantásticas e lindas), Espanha, Alemanha, Itália, França, Reino Unido, Polónia, Rússia, República Checa, Hungria, Croácia, Eslovénia, Eslováquia, Áustria, Suíça, Bélgica, Holanda, Grécia, Turquia, Ucrânia, Brasil, Austrália, EUA. Basicamente qualquer local que nos queira, onde as pessoas sejam simpáticas e a plateia se esteja a divertir.


M.I. - Quais são os vossos planos para o futuro mais próximo?

Estamos a terminar a tour com as datas na Finlândia e na Rússia, e depois regressamos a casa durante algumas semanas. Passado esses dias começamos uma nova tour pelos EUA com os Big Business e os American Shark. Estou bastante entusiasmado com isso. Em Setembro regressamos a Portugal para actuar no festival Reverence Valada em Lisboa. Espero ver-vos por lá!


Entrevista por Rita Limede