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Entrevista aos Týr


Provenientes das Ilhas Faroé, os Týr lançaram o seu novo álbum chamado “Valkyrja” em Setembro de 2013. Em Março 2013 viu-se a partida do baterista original Kári Streymoy, depois de quinze anos com Týr. No entanto, desencadeando o seu sétimo álbum de estúdio, 'Valkyrja', apenas seis meses depois, com George Kollias de Nile cumpriram-se os deveres de percussão. Týr voltou mais forte do que nunca, com sua mais recente obra. De acordo com o vocalista da banda, Heri Joensen, "A missão musical dos Týr é derrubar as paredes que são erguidas entre todos os tipos de metal que surgiram ao longo dos anos”. São de facto uma banda com características únicas e para perceber um pouco melhor a sua filosofia, falamos com Henri Joensen, guitarrista e vocalista da banda.



M.I - Antes de mais, obrigado por disponibilizares o tempo para responder a esta entrevista. Lançaram recentemente o vosso novo álbum intitulado “Valkyrja”. Fala-nos um pouco do álbum, e o que expectativas os nossos leitores devem ter se ainda não o ouviram.

“Valkyrja” é o nosso primeiro álbum desde que assinamos com a Metal Blade, e penso que seja o nosso melhor álbum até agora. Em todo o caso, é, definitivamente, o nosso álbum mais bem recebido e o que está a vender mais. A história retratada no álbum é sobre um viking desconhecido que deixa a sua terra natal e a sua mulher com a intenção de morrer em batalha de maneira a que as valquírias o levem para Freyja, a deusa do amor e luxúria. Resumindo, o álbum é sobre as mulheres e como afectam os homens, e o que fazem os homens para as suas mulheres de sonho. Musicalmente, é capaz de ser o álbum mais diversificado que fizemos até agora. O Terji esteve mais envolvido na composição das músicas, e o Gunnar também teve o seu papel como sempre. Na bateria temos o célebre George Kollias. Este conjunto de aspectos fazem este álbum ser de certa forma diferente dos nossos anteriores.


M.I - O baterista grego George Kollias dos Nile gravou a bateria deste álbum. Como foi trabalhar com ele?

Extremamente fácil e directo. Ele veio muito bem preparado e tocou sem parar. Em certas músicas tentou várias versões, mas de uma forma geral, acertou tudo à primeira. É uma pessoa muito relaxada e com os pés bem assentes na terra, já para não falar do facto de ser um baterista incrível, e foi um enorme prazer trabalhar com ele.


M.I - Adicionaram recentemente um novo membro ao vosso line-up para preencher o lugar de baterista. Podes apresentá-lo aos nossos leitores? Como tem sido trabalhar com um baterista tão novo?

Amon Djurhuus é agora baterista dos Týr. Chegámos a trabalhar com ele no passado, quando o nosso baterista anterior, o Kári, se magoou nas costas pela primeira vez, portanto é um pouco como se voltássemos aos velhos tempos. Sim, é mais novo que nós, mas isso não se torna um obstáculo. Somos todos diferentes nesta banda, mas também partilhamos vários interesses/gostos, e o Amon não é excepção. 


M.I - Tal como no vosso lançamento anterior, “The Lay of Thrym”, gravaram duas covers. Escolheram Pantera e Iron Maiden por alguma razão específica, e se sim, qual foi? E já que falamos disso, planeiam tocá-las ao vivo?

Há imensos anos decidimos que iríamos fazer cover das músicas favoritas de sempre de cada um dos membros da banda. Foi assim que escolhemos estas músicas especificamente. Por acaso, não falámos em relação a tocá-las ao vivo, e não acho que alguma vez o iremos fazer.



M.I - Fizeram parte da “Blodsvept over Europe” tour com Finntroll e Skálmöld. Apreciaram a tour? O que têm a dizer sobre a tour?


Foi a nossa primeira tour com Finntroll, e uma das nossas melhores tours europeias. Fomos tocar a certos locais onde nunca tínhamos tocado antes, incluindo várias salas de espectáculo de grande qualidade. Pessoalmente, desfrutei imenso. Boa companhia e boas circunstâncias, bons espectáculos e bons públicos, vários sítios que valeram a pena serem visitados. Foi a minha primeira vez em Dublin, Irlanda, um lugar lindo, e até fomos visitar o CERN em Genebra, Suíça. Boas memórias.


M.I - Em fevereiro, percorreram o norte da América com os Children of Bodom. Estavam entusiasmados? O que é que esperavam dos vossos ouvintes norte-americanos?

Já acabámos a tour há algum tempo. Estávamos entusiasmados por participar numa tour com uma banda da dimensão dos CoB. A tour foi óptima. Óptimas salas, bilheteiras esgotadas e óptimos sítios a visitar. Foi a nossa tour mais longa no Canadá até agora. Correu tudo bem e adorámos passar tempo com os Death Angel e os CoB durante estes dias e depois dos espectáculos. Mas admito que, no final, mal podia esperar para ver os meus filhos e namorada de novo.


M.I - Que eu saiba, nunca tocaram cá em Portugal. Planeiam fazê-lo em breve?

Tocaríamos em Portugal assim que pudéssemos, mas não nos cabe a nós tomar essa decisão. São os promotores e quantos bilhetes acham que conseguem vender que decidem se tocamos aí ou não. Portanto, para todos o que quiserem ver Týr em Portugal, façam com que as promotoras locais ou as salas de espectáculo saibam que vocês e todos os vossos amigos comprariam bilhetes para um concerto de Týr.


M.I - Voltando às vossas origens, como é para vocês serem de um lugar tão remoto como as Ilhas Faroé, de onde assumo que não tenham saído muitas bandas de metal, e terem o sucesso que têm vindo a atingir ao longo da vossa carreira? 

É uma óptima sensação da qual me orgulho com humildade. Acabámos de ganhar alguns prémios nos Faroe Music Awards e sentimo-nos reconhecidos pela nossa terra natal. No entanto, esta não é a primeira vez que ganhamos prémios em “casa”. Existem alguns obstáculos ao ser de onde somos, mas também existem vantagens.


M.I - Obrigado mais uma vez por esta entrevista, e por final, tens alguma coisa a dizer para os vossos fãs/ouvintes portugueses?

Obrigado por me deixarem responder a esta entrevista. Para o amável povo português que leu isto, por favor comprem o nosso último álbum, “Valkyrja”, e por favor venham ao nosso concerto quando formos tocar ao vosso maravilhoso país. Vamos fazer por isso!


Entrevista por Sara Leitão