Esta banda australiana é surpreendentemente refrescante. Surgidos do nenhures das profundezas da Austrália e tendo às costas um percurso numa banda de death metal moderno conhecida como Nebula, até custa a crer sobre o que se passa em "On Earth". E até um pouco de difícil catalogação. Rock progressivo? Metal/rock progressivo? Rock psicadélico? Space rock? Rock alternativo? Metal/rock do espaço progressivo psicadélico alternativo? É difícil e em grande parte redutor tentar catalogar o que se pode ouvir nestes quarenta e cinco minutos de música. No entanto, é exercício que se tenta cumprir a cada nova audição que vão sucedendo umas atrás das outras.
Riffs pesadões, uma certa melancolia doce, vocalizações melódicas e cativantes, um feeling retro (muito próprio da década de oitenta, muita da década de setenta e oitenta - mais fiel ao que foi feito no passado do que a M80) que anda à paisana para recrutar os mais distraídos. E não é música para intelectuais ou pseudo-intelectuais. Não, existe aqui uma forte base rock que nos brinda até ocasionalmente com um solo de guitarra - "Divinity" além de ter grandes riffs, também tem um pequeno solo cheio de pêlo na venta. Basicamente é muita coisa boa junta de uma forma tão perfeita, que não há mesmo nenhum ponto menos bom que se encontre.
É este o seu ponto forte. Uma personalidade ou identidade plural mas que funciona muito bem como um todo. Impossível dizer onde começa me acabam as diversas facetas da banda e isso é realmente refrescante. Depois, não se trata de uma simples questão de forma, de estética, de estruturação ou do resultado final. É que além destes pontos todos atrás referidos, tem-se o mais importante, onze músicas no mais verdadeiro sentido da palavra. Este "On Earth" é um planeta a implorar para ser descoberto. E re-descoberto, após várias audições.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Riffs pesadões, uma certa melancolia doce, vocalizações melódicas e cativantes, um feeling retro (muito próprio da década de oitenta, muita da década de setenta e oitenta - mais fiel ao que foi feito no passado do que a M80) que anda à paisana para recrutar os mais distraídos. E não é música para intelectuais ou pseudo-intelectuais. Não, existe aqui uma forte base rock que nos brinda até ocasionalmente com um solo de guitarra - "Divinity" além de ter grandes riffs, também tem um pequeno solo cheio de pêlo na venta. Basicamente é muita coisa boa junta de uma forma tão perfeita, que não há mesmo nenhum ponto menos bom que se encontre.
É este o seu ponto forte. Uma personalidade ou identidade plural mas que funciona muito bem como um todo. Impossível dizer onde começa me acabam as diversas facetas da banda e isso é realmente refrescante. Depois, não se trata de uma simples questão de forma, de estética, de estruturação ou do resultado final. É que além destes pontos todos atrás referidos, tem-se o mais importante, onze músicas no mais verdadeiro sentido da palavra. Este "On Earth" é um planeta a implorar para ser descoberto. E re-descoberto, após várias audições.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
