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Merkabah - "Ubiquity" Review


Já foi falado por estas páginas antes da problemática de cruzar-se com uma banda que acabou de lançar o terceiro trabalho e do qual não se tem conhecimento da sua existência. Para o ego daqueles que julgam conhecer este mundo e o outro, cria-se logo o pensamento de que só poderá ser uma banda medíocre e daí a razão do desconhecimento da sua carreira, porque nada digno de valor poderia-lhes escapar ao conhecimento. Nem sempre é assim, embora os Merkabah não sejam um caso flagrante da situação que estamos a referir. "Ubiquity" é realmente o terceiro álbum da banda canadiana, mas apresenta argumentos que fazem com que se queira visitar os outros dois anteriores álbuns.

Um dos pontos de interesse da banda é a voz de Jacinthe Poulin, que embora lembre um pouco as bandas que misturavam power metal e gótico no final do século passado e inícios do presente, também vai capturar o espírito da década de oitenta, sendo até uma combinação que resulta relativamente bem. Depois a abordagem ao seu heavy/power metal é com apoio no lado sinfónico da coisa, o que poderia fazer soar os alarmes de clichê e aborrecimento ao mesmo tempo, mas tais temores acabam por ser injustificados já que foco não está na forma como as músicas soam mas sim no seu conteúdo e naquilo que as mesmas pedem.

Sem grandes expectativas, é muito fácil de apreciar este trabalho dos Merkabah, apreciá-lo por aquilo que é, um hora de heavy metal melódico, com bons refrões, solos de guitarra e melodias vocais sem cair no exagero que o estilo pode tentar a fazer, havendo até uma certa tendência progressiva. Não resulta tudo na perfeição mas resulta o suficiente para que faixas como "Red Letter Days" e o épico tema título chamem a atenção, apenas para citar duas. Equilibrado e a pedir mais evolução, mas com qualidade suficiente para agradar todos os fãs do estilo. Boa surpresa.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira